Quando sua vida ativa chega ao fim, as aeronaves obsoletas costumam ser enviadas para preservação em campos especialmente preparados. Em geral, esses lugares estão localizados perto de aeroportos em operação.
Antes de os veículos serem abandonados em “cemitérios”, seus detalhes técnicos são desmontados. Aeronaves militares passam por um processo de desmilitarização, e todas as partes de combate são extraídas para que jamais possam ser usadas de novo.
Elementos que não são tão importantes, e que são não removidos por especialistas, acabam sendo reaproveitados por entusiastas amadores, que podem usá-los em suas casas. Muitas vezes, resta apenas a carcaça da aeronave, sem nada mais dentro.
Os chamados “cemitérios de aeronaves” são bastante populares entre os turistas, que gostam de escalar os grandes aviões e tirar selfies com máquinas como pano de fundo. Para eles, esses lugares são algo parecido com parques de diversões.
No entanto, para os pilotos mais antigos, e hoje já aposentados, esses locais trazem uma sensação de tristeza e nostalgia. É muito comum ver essas pessoas visitando os “cemitérios” com netos para mostrar os gigantes aéreos que costumavam pilotar.
Trata-se também de uma oportunidade quase única. Todos os “cemitérios” de aeronaves da capital russa estão sendo fechados pela prefeitura, e em breve, essas áreas serão ocupadas por novos conjuntos habitacionais.
Em outras partes da Rússia, alguns desses locais não só ainda existem, como vêm se expandindo. Os maiores estão situados perto das cidades de Uliánovsk e Kazan.
Os espaços também são conhecidos por nomes diferentes conforme a região. Em Samara, por exemplo, os aviões do aeródromo de treinamento da Universidade Estatal Aeroespacial de Samara ainda são usados por estudantes para treinamento.
Apesar da popularidade, os “cemitérios” de aeronaves russas não são os maiores do mundo. Nos Estados Unidos, existem cerca de 4.400 aviões desmantelados na Base Aérea de Davis-Monthan, no estado do Arizona – recorde mundial difícil de quebrar.
As aeronaves não são o único equipamento a ter “cemitérios” próprios. Conheça os locais onde vão parar tanques e outros equipamentos militares vistos como obsoletos.