Soldado durante evento militar nos arredores de Moscou
Ramil Sitdikov/RIA Novosti“Cada conjunto de infantaria tem um custo mínimo de 200 mil rublos (cerca de R$ 11.000). O Exército russo já recebeu mais de 200 mil conjuntos do tipo, e os militares estarão totalmente equipados com o novo kit corporal de combate Rátnik-2 até 2020”, anunciou à agência de notícias Rossiya Segodnya o diretor -executivo do Instituto Central de Investigações Científicas de Engenharia de Precisão, Dmítri Semizorov.
O que é o Rátnik?
É um conjunto de sistemas integrados de armas, defesa, gerenciamento, suporte a vida e fonte de energia. O kit completo Rátnik-2 é composto por 59 itens, incluindo colete à prova de balas, capacete, fone de ouvido com proteção ativa, óculos de proteção, dispositivos de reconhecimento e de visão térmica. Esses sistemas são projetados para operar em quaisquer condições climáticas, variando de -30ºC a +50ºC.
“Podemos traçar um paralelo com o sistema de armadura corporal francês FELIN, inicialmente projetado para melhorar a eficácia do combate e a coordenação entre soldados no campo de batalha. Ambos os conjuntos executam funções semelhantes e incluem sistemas de batalha adicionais. Por exemplo, os novos capacetes russos serão equipados com monitores oculares e dispositivos de visão térmica e noturna”, disse Vadim Kozulin, professor da Academia de Ciências Militares, ao Russia Beyond.
Todos esses equipamentos serão usados por agentes bem treinados e grupos de forças especiais em áreas urbanas ou rurais. “Esses são itens importantes e caros que não são necessários para recrutas que deixarão o Exército após um ano. O conjunto básico para cada um dos 300 mil recrutas que se juntam ao corpo militar todos os anos inclui um fuzil de assalto, uma armadura corporal e um capacete”, acrescentou.
A camuflagem do Rátnik também foi especialmente concebida para dificultar a detecção do usuário por câmeras infravermelhas.
O traje completo pesa 20 quilos (6 a menos que o FELIN), embora inclua filtros de água extras, kit de primeiros socorros, e até uma barraca e saco de dormir.
Ainda não se sabe, porém, qual arma será desenvolvida para o kit. Por enquanto, os dois principais candidatos são os fuzis AK-12 e AEK-971, ambos com munição 5,45.
“Os testes militares serão concluídos até o final do ano. Parece que ambas as armas serão adotadas pelo Exército, mas por diferentes forças. Eu acredito que o AK-12 se tornará o fuzil de assalto em massa para a infantaria, e o AEK-971 será entregue e distribuído entre grupos de forças especiais devido à sua sensibilidade”, disse Dmítri Litovkin, analista do jornal “Izvêstia”, ao Russia Beyond.
Os fabricantes também já começaram a trabalhar em uma terceira versão do Rátnik. Agora, o objetivo principal é integrar exoesqueletos e vários recursos de biomecânica que darão apoio aos soldados durante as batalhas, mesmo após ferimentos.
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