1. Kremlin
Talvez este seja o edifício mais simbólico da Rússia. Mas você sabia que eram italianos os arquitetos responsáveis por esse símbolo do poder russo? Os italianos eram muito requisitados nos tempos do Grão-Principado de Moscou.
No século 15, Ivan 3° convidou um grupo de arquitetos da Itália composto por Aristóteles Fioravanti, Aloisio da Milano, Antonio Gilardi e Pietro Antonio Solari para transformar a fortaleza da capital. Eles projetaram as primeiras torres do Kremlin, assim como as igrejas e palácios localizadas do lado de dentro de suas muralhas.
2. Museu Estatal de História
Este museu de incrível beleza dedicado à Rússia antiga e à era imperial parece tão antigo quanto seu vizinho Kremlin. Realmente, ele foi construído só no final do século 19, mas seu estilo neo-russo combina perfeitamente com o espírito da Praça Vermelha. Hoje, o museu abriga mais de 5 milhões de peças em exposição.
3. Grande Palácio do Kremlin
Construído no território do Kremlin em meados do século 19 por ordem de Nikolai 1° e usado para a coroação de imperadores e audiências russas com monarcas estrangeiros, hoje, o Grande Palácio do Kremlin é a residência cerimonial do presidente russo (que trabalha no Palácio do Senado, ali ao lado). Qualquer pessoa pode entrar no Grande Palácio do Kremlin, mas só em grupo de excursão (para detalhes, clique aqui).
4. Catedral da Assunção
O mais antigo dos edifícios totalmente preservados de Moscou e a tumba de quase todos os patriarcas de Moscou, a Catedral da Assunção também fica localizada dentro do Kremlin. Construída no século 15, ela era considerada a principal catedral do Estado russo, onde relíquias e tesouros bizantinos eram guardados.
Também fica armazenado ali o decreto do imperador Pável 1°, filho de Catarina, a Grande, segundo o qual as mulheres não teriam o direito de governar o império (sim, Pável detestava a mãe). Desde então, a Rússia nunca teve uma líder mulher, nem no Império, nem depois.
5. GUM
O GUM (sigla em russo de Loja de Depa State Department Store) não é apenas um shopping repleto de produtos de marca, de luxo clássico a designers russos modernos, mas também um monumento de arquitetura que remonta a 1893. A fachada principal se abre para a Praça Vermelha e combina com o estilo do Museu Histórico Estadual nas proximidades.
O GUM (sigla em russo de Loja Universal Estatal) não é apenas um shopping center repleto de produtos de marca, desde o luxo clássico a designers russos modernos, mas também um monumento arquitetônico que remonta a 1893. A fachada principal dá de cara para a Praça Vermelha e combina com o estilo do Museu Estatal de História, bem na esquina oposta.
6. Catedral de São Basílio
A mais famosa igreja russa surgiu em sua icônica localização entre os anos de 1555 e 1561 por ordem de Ivan, o Terrível, e contém, na realidade, nove igrejas em uma. A ideia de uma catedral com várias seções tinha por objetivo simbolizar o Reino dos Céus (Nova Jerusalém). Os arquitetos conceberam a “cidade prometida” na forma de várias igrejas sobre uma mesma base.
7. Catedral de Cristo Salvador
A igreja que vemos hoje é uma cópia exata da que foi construída ali em homenagem à vitória, em 1812, da Rússia sobre Napoleão. Mas o edifício original não sobreviveu aos bolcheviques. Em 1931, eles decidiram derrubá-la para erigir ali o futurista Palácio dos Sovietes.
Por vingança divina ou engenheiros ruins, a construção teve que ser abandonada pela metade. No lugar dela, o local foi usado para construir a maior piscina que o país já viu. Após a queda da URSS, a piscina deu espaço novamente à catedral no governo de Pútin.
8. Edifício da Companhia de Seguros Rossia
Estas instalações comerciais, construídas no início do século 20, rapidamente chamaram a atenção da intelligentsia. Nos tempos soviéticos, o edifício abrigava diversas organizações literárias, musicais e cinematográficas, além de oficinas de arte. Os estúdios eram um ponto focal do metrô de Moscou, e entre seus habitantes ilustres estava Iliá Kabakov, um dos artistas contemporâneos mais bem avaliados de origem soviética.
9. Casa Igumnov
A casa da família de comerciantes de Iaroslavl Igumnov teve um período agitado após a revolução de 1917. Seu título era uma homenagem a Nikolai Igumnov, que entregou o edifício ao governo soviético. Após a doação, a casa serviu como Instituto Soviético de Transfusão de Sangue, Instituto do Cérebro e, no final das contas, residência do embaixador francês na Rússia.
10. Propriedade Bikovo
Esta mansão, localizada nos subúrbios de Moscou, lembra um castelo da Disney. Hoje, ela é uma igreja ortodoxa, mas já pertenceu a várias famílias eminentes próximas à corte imperial. Um dos proprietários foi Mikhail Izmailov, um conspirador no golpe que levou Catarina, a Grande, ao trono.
11. Torre da Federação
Este é o arranha-céu mais alto do distrito comercial da cidade de Moscou e segundo mais alto da Europa. Ele tem 374 metros e 96 andares. O projeto arquitetônico foi idealizado por Serguêi Tchoban e Peter Schweger. Além de escritórios, o prédio contém inúmeras lojas, restaurantes e apartamentos caros.
12. Palácio Tsaritsino
Este magnífico palácio no topo de uma colina no sul de Moscou ganhou um sopro de vida. Concebido como residência de Catarina, a Grande, em Moscou, ele nunca foi usado. Abandonado em péssimo estado até o final do século 20, o palácio passou por grandes obras de restauração nos anos 2000.
13. Teatro Bolshoi
O Bolshoi é um dos mais famosos teatros de ópera e balé do mundo. Sua fachada icônica é definida pela majestosa colunata coroada com a carruagem de Apolo. Mas o que vemos hoje é, na verdade, já o quarto edifício do Bolshoi, construído em 1835 – os três anteriores sofreram incêndios.
14. Casa Melnikov
Essa obra-prima do construtivismo soviético da década de 1920 foi concebida como um experimento arquitetônico: o arquiteto Konstantin Melnikov queria povoar a cidade inteira com casas redondas, acreditando que a forma cilíndrica economizaria dinheiro em materiais. No entanto, sua solução arquitetônica foi rejeitada pelos contemporâneos, e a casa permaneceu uma excentricidade.
15. Edifício principal da Universidade Estatal de Moscou
Em 1947, Moscou comemorou seu 800º aniversário e, para celebrar, o governo Stálin decidiu erguer oito arranha-céus para exibir o poder da superpotência soviética no pós-guerra (competindo, assim, com os arranha-céus dos EUA). No final das contas, apenas sete desses edifícios se concretizaram (e ficaram conhecidos como “as sete irmãs de Stálin”). Um dos mais famosos é o prédio principal da Universidade Estatal de Moscou.
16. Dominion Tower
Este centro comercial, projetado pela estrela da arquitetura Zaha Hadid, parece uma pilha de livros ou um bolo em camadas. A Zaha Hadid Architects descreve a ideia como "voo espacial". Apesar de bastante diferente, o projeto ainda é menos extravagante do que a maioria de suas criações em outros lugares, ligeiramente adaptado às duras realidades russas.
17. Campus de Skôlkovo
Este edifício no oeste de Moscou se assemelha a um monumento ao suprematismo e às obras do artista russo Kazimír Maliêvitch. Na verdade, porém, ele abriga é uma faculdade de administração, famosa por seu MBA, construída em 2006 e projetada pelo arquiteto britânico David Adjaye, que também criou o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americano em Washington e o Museu de Arte Moderna de Denver.
18. Casa Pachkov
Reza a lenda que o arquiteto Vassíli Bajenov, ofendido com o fato de que Catarina, a Grande, não o deixou reformar o Kremlin, projetou esta magnífica mansão bem em frente para ressaltar o que julgava ser um erro da monarca. Mas não há evidências disso ou de que a Casa Pachkov tenha sido idealizada por Bajenov. E esse não é o único segredo do edifício. Dizem que, atrás da colina sobre a qual fica a casa, está a biblioteca perdida de Ivan, o Terrível, cheia de manuscritos antigos de valor inestimável.
19. Palácio Petróvski
Este palácio foi construído por ordem de Catarina, a Grande, em homenagem à vitória na Guerra Russo-Turca (1768-1774), e usado como residência para nobres que viajavam de São Petersburgo a Moscou. Ele chegou até mesmo a abrigar Napoleão e sua guarda por uma noite durante sua retirada de Moscou, em 1812. Hoje, o palácio contém um hotel-boutique – e qualquer um que possa pagar pode, portanto, pernoitar como Napoleão.
20. Museu Garagem de Arte Contemporânea
Este é um excelente exemplo do minimalismo elegante do arquiteto holandês Rem Koolhaas. A base do projeto era um edifício modernista soviético vazio de 1968 no Parque Górki que há muito tempo acomodava o restaurante Vrêmena Gêda (em português, “Estações do Ano”).
Após o fechamento do restaurante, o prédio ficou abandonado por 20 anos e foi renovdo apenas uma década atrás. A decoração interior do museu preserva um mosaico exclusivo e outros elementos arquitetônicos da época soviética.
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