Piotr Vereschaguin. Vista do Kremlin de Moscou (1879)
Museu de IaroslavlImagens históricas das muralhas “vermelhas” do Kremlin de Moscou indicam que elas costumavam ser brancas até o final do século 19. Em épocas menos prósperas, o Kremlin não era a construção suntuosa que hoje se conhece. Quando o cal descascou das muralhas, a estrutura não foi imediatamente repintada com o vermelho que todos agora associam com a sede do poder na Rússia, deixando uma aparência surrada.
Da mesma forma, as famosas estrelas vermelhas no alto das torres do Kremlin nem sempre estiveram lá. Até 1935, cada torre do Kremlin era adornada com uma águia de duas cabeças – o símbolo do Império Russo. Embora os emblemas do antigo regime fossem uma monstruosidade para o líder da revolução russa Vladímir Lênin, eles não foram substituídos enquanto estava vivo. As atuais estrelas do Kremlin estão sempre iluminadas e foram desligadas apenas duas vezes desde a instalação: durante o blecaute da Segunda Guerra Mundial e para as filmagens do longa “Sibéria” (1998).
A primeira cova comum próximo às muralhas do Kremlin surgiu em 1917, e a primeira sepultura única, em 1919.
Em 1924, o Mausoléu de Lênin tornou-se o ponto focal da necrópole da Praça Vermelha, onde o corpo embalsamado do líder da Revolução Russa, Vladímir Lênin, ainda se encontra nos dias de hoje.
Muitas figuras proeminentes, líderes militares e escritores foram enterrados ao lado das muralhas do Kremlin nos anos seguintes, mas isso chegou ao fim em 2013, quando o Cemitério Memorial Militar Federal foi inaugurado na região de Moscou. Desde então, é nesse local onde os heróis russos descansam pela eternidade.
Ponte Kuznetski sobre o rio Neglinnaia
Karl LopyaloO rio Neglinnaia (afluente do Moscou) era um incômodo para moradores da capital até a década de 1860: sempre que chovia, tanto a Praça Trubnaia como as ruas Neglinni Proezd e Kuznetski Most ficavam inundadas. Com o passar do tempo, o Neglinnaia foi canalizado, transformando-se em um túnel subterrâneo, cuja versão modernizada ainda se estende da Praça Trubnaya até Okhotny Ryad.
Para se ter ideia, isso equivale ao peso de 234 baleias-azuis, os maiores animais do planeta. Mas esse não é o único número que impressiona: juntos, os moscovitas gastam quase US$ 12 milhões por dia com combustível para abastecer seus carros.
Quando o McDonald’s abriu sua primeira unidade russa na Praça Púchkin, em Moscou, em 31 de janeiro de 1990, a fila se estendeu por vários quilômetros. Naquele dia histórico, a lanchonete serviu mais de 30 mil pessoas, um recorde que permanece imbatível no mundo todo. Esse estabelecimento foi também o restaurante mais visitado da rede em 2008, alimentando 2,8 milhões de clientes ao longo daquele ano.
Segundo a revista “Forbes”, os mais ricos do mundo são constantemente atraídos para Moscou. Em 2012, a capital russa chegou ao topo da lista de cidades com o maior número de bilionários residentes permanentes, deixando para trás centros como Nova York, Londres e Hong Kong. Em 2017, no entanto, Moscou caiu para o terceiro lugar no mesmo ranking, abrigando apenas 73 bilionários.
A “Forbes” explica a concentração de riqueza em uma única cidade russa a uma peculiaridade nacional: quase todos os bilionários russos preferem viver em Moscou e não nas regiões, enquanto, nos EUA, ricaços costumam preferir áreas mais tranquilas.
Conhecida como Stoleshnikov Pereulok, essa rua, hoje fechada para pedestres, liga a Tverskaya à Petrovka. O aluguel de um metro quadrado nessa área custa mais de US$ 3.000 por ano, o que a torna a 15ª rua mais cara do mundo.
No entanto, após a transformação da via em uma zona para pedestres, as marcas de luxo perderam clientela devido à falta de espaço para estacionamento e acesso direto às lojas. Atualmente, a Tretiakovski Proezd, onde há marcas como Bentley, Brioni, Mercury e etc., disputa com a Stoleshnikov o título de rua mais cara na capital russa.
Hoje, os “moscovitas nativos” não representam mais de 5% de todos os moradores da cidade, dizem os historiadores. Embora não haja uma definição oficial do termo, trata-se geralmente de pessoas cujos ancestrais viveram em Moscou por várias gerações.
Os “moscovitas nativos” costumam ter padrões próprios de pronúncia e fala, se sentem mais à vontade na sociedade e têm orgulho de suas raízes em Moscou. Ainda assim, preferem dividir a casa com os pais mesmo na idade adulta.
Esta regra é promulgada em uma resolução da Prefeitura de Moscou. Não está totalmente claro como a lei é aplicada, já que, para levar o dono do animal ao tribunal, será preciso um relatório confirmando o excesso de barulho – e isso significa que o “especialista” teria que ficar acordado a noite toda com o ouvido na porta do vizinho.
...e o sexto no mundo em tráfego diário de passageiros. Após a inauguração de sete novas estações em setembro de 2018, o metrô de Moscou conta agora com 222 estações ativas, entre as quais muitas são verdadeiras obras de arte. Por conta de sua extensão e rica história, o metrô de Moscou acumula inúmeras lendas urbanas.
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