Quanto mais o tempo passa, menos lugares intocados pelo homem há. Os amantes da natureza e da solidão amarão estas opções na Rússia, onde quase não há gente por perto.
- Terra de Francisco José
Neste arquipélago polar composto por 190 ilhas não há cidades ou aldeias. Todos os habitantes locais são funcionários das estações meteorológicas e guardas de fronteira.
A maior parte das ilhas é composta de gelo eterno e sobre elas ursos brancos passeiam em busca de comida e morsas e focas descansam.
Só é possível chegar ali com grupos de excursão organizados, e o passeio custa alguns milhares de dólares.
- Pântano de Vasiugan
Um dos maiores pântanos do mundo, o Vasiugan está na lista de 100 maravilhas da Rússia. Dez mil anos atrás, entre os rios Ob e Irtich havia apenas alguns trechos de terrenos pantanosos, mas devido ao clima úmido, o lamaçal passou a dominar os arredores. O pântano ainda hoje continua a crescer, tomando novos territórios. Entre os morados locais que vivem nas pequenas aldeias afastadas circula a lenda de que o pântano foi criado pelo demônio. Chegar ali é bem complicado: ele fica a cerca de 700 quilômetros de Tomsk e o melhor é ver o pântano a bordo de um helicóptero.
- Lago dos Pintores
O Lago dos Pintores (em russo, Ôzero Khudôjnikov), descoberto em meados do século passado por artistas de Krasnoiársk, é um dos mais isolados no parque Ergaki, na Sibéria.
Sob suas águas cristalinas é possível ver, mesmo em julho, ou seja, no ápice do verão, o fundo de gelo.
Nas minúsculas ilhotas do lago nascem cedrinhos e próximo dali eleva-se caprichosamente o penhasco Parabola.
Só se pode alcançar o local a pé por meio de trilhas montanhosas. O caminho a partir da base turística mais próxima, no lago Svetli, leva entre duas e três horas aos turistas mais preparados. Diz-se que metade dos novatos não aguenta o caminho e volta para o hotel.
- Vale do rio Bikin
O rio Bikin flui a partir da parte central da Reserva Natural Sikhote-Alin, no Extremo Oriente da Rússia. Ele é habitat de tigres siberianos, gatos-monteses e dezenas de espécies de aves raras.
O vale é parte do Patrimônio Mundial da Unesco e, ao longo do rio Bikin, vivem povos indígenas, os udegueits (também conhecidos em português como udege), que mantêm estilo de vida e atividades tradicionais, como caça e pesca.
A povoado mais próximo por transporte público é Lutchegorsk, que fica a 10 quilômetros do vale e a 500 quilômetros de Vladivostok.
- Planalto Bermamit
Este lugar era conhecido por amantes da natureza e do turismo de caminhadas ainda no século 19. Mesmo hoje, porém, não se encontra ali um grande número de turistas aqui.
Por seu terreno diferenciado, o planalto de Bermamit ganhou o apelido de “filial de Marte no Cáucaso do Norte”.
De Bergamit descobre-se uma vista incrível das incríveis cordilheiras cobertas de neve da subcordilheira Grande Cáucaso e do Elbrus.
O planalto fica a 30 quilômetros de Kislovodsk e pode ser alcançado somente de carro ou a pé.
Quando o tempo está chuvoso, alguns trechos da estrada ficam pantanosos e, bem no início do verão, ainda há neve ali.
- Ilhas Comandante
Ali podem-se avistar mais de 300.000 lobos-marinhos, mais de 20 espécies de baleias, admirar cachoeiras altas e uma natureza absolutamente selvagem: são as Ilhas Comandante, no norte do Oceano Pacífico.
Devido aos terremotos, todos os anos o arquipélago se aproxima 50 milímetros mais da península de Kamtchatka.
No maior povoado próximo dali, o Nikolskoie, vivem 800 pessoas: são os aleutas e esquimós.
Este é o local onde fica o único aeroporto das ilhas, recebendo voos de Petropavlovsk-Kamchatski (se houver sorte com o clima).
- Ilha Ratmanov
Este é o ponto mais oriental da Rússia: daqui até a fronteira com os EUA há apenas 4 quilômetros de distância, e é justamente aqui que passa a linha de data internacional de data (uma linha imaginária na superfície terrestre que implica uma mudança de data obrigatória em seu cruzamento).
Quando começa o dia na ilha de Ratmanov, ele termina na ilha vizinha, a norte-americana Little Diomede, no Alasca. Então, se você estava procurando o fim do mundo, achou!
É verdade que é quase surreal chegar ali: na ilha só vivem guardas de fronteira e não se leva turistas para lá.
Mas olhando a partir do Alasca (talvez da casa da Sarah Palin?), pode-se ver uma enorme cruz ortodoxa de sete metros de altura erigida ali no início dos anos 2000.
- Planalto de Putorana
Uma terra de vales e desfiladeiros sem fim perdidos para além do Círculo Polar Ártico, aqui que fica o centro geográfico da Rússia, o lago Vivi.
O Putorana é um destino popular entre os amantes do turismo radical e do rafting em rios perigosos.
A cidade mais próxima dali é Norilsk, a partir da qual pode-se chegar apenas de helicóptero, lancha ou a pé.
Além disso, para visitar esses territórios o estrangeiro deve obter permissão especial.
- Man-pupu-nior
Estes pilares rochosos ao ar livre na República de Komi são considerados uma das maiores maravilhas da natureza russa.
Há 200 milhões de anos, havia montanhas altas ali, mas o severo clima destruiu, gradualmente, as rochas. Apenas as mais fortes permaneceram, ou seja, sete pilares entre 30 e 40 metros de altura nas profundezas da Reserva Natural de Petchora-Ilitch.
Para chegar à aldeia mais próxima, Iakcha, é preciso caminhar 40 quilômetros a pé.
- Lago Jack London
Este parque natural, cujo nome homenageia o escritor norte-americano homônimo, está localizado na região de Magadan.
Ele é um dos lagos mais pitorescos e inacessíveis da Rússia. A rota de 70 quilômetros é quase impossível, por meio de uma trilha de montanhas, turfeiras e rios montanheses.
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