Quanto mais o tempo passa, menos lugares intocados pelo homem há. Os amantes da natureza e da solidão amarão estas opções na Rússia, onde quase não há gente por perto.
Neste arquipélago polar composto por 190 ilhas não há cidades ou aldeias. Todos os habitantes locais são funcionários das estações meteorológicas e guardas de fronteira.
A maior parte das ilhas é composta de gelo eterno e sobre elas ursos brancos passeiam em busca de comida e morsas e focas descansam.
Só é possível chegar ali com grupos de excursão organizados, e o passeio custa alguns milhares de dólares.
Um dos maiores pântanos do mundo, o Vasiugan está na lista de 100 maravilhas da Rússia. Dez mil anos atrás, entre os rios Ob e Irtich havia apenas alguns trechos de terrenos pantanosos, mas devido ao clima úmido, o lamaçal passou a dominar os arredores. O pântano ainda hoje continua a crescer, tomando novos territórios. Entre os morados locais que vivem nas pequenas aldeias afastadas circula a lenda de que o pântano foi criado pelo demônio. Chegar ali é bem complicado: ele fica a cerca de 700 quilômetros de Tomsk e o melhor é ver o pântano a bordo de um helicóptero.
O Lago dos Pintores (em russo, Ôzero Khudôjnikov), descoberto em meados do século passado por artistas de Krasnoiársk, é um dos mais isolados no parque Ergaki, na Sibéria.
Sob suas águas cristalinas é possível ver, mesmo em julho, ou seja, no ápice do verão, o fundo de gelo.
Nas minúsculas ilhotas do lago nascem cedrinhos e próximo dali eleva-se caprichosamente o penhasco Parabola.
Só se pode alcançar o local a pé por meio de trilhas montanhosas. O caminho a partir da base turística mais próxima, no lago Svetli, leva entre duas e três horas aos turistas mais preparados. Diz-se que metade dos novatos não aguenta o caminho e volta para o hotel.
O rio Bikin flui a partir da parte central da Reserva Natural Sikhote-Alin, no Extremo Oriente da Rússia. Ele é habitat de tigres siberianos, gatos-monteses e dezenas de espécies de aves raras.
O vale é parte do Patrimônio Mundial da Unesco e, ao longo do rio Bikin, vivem povos indígenas, os udegueits (também conhecidos em português como udege), que mantêm estilo de vida e atividades tradicionais, como caça e pesca.
A povoado mais próximo por transporte público é Lutchegorsk, que fica a 10 quilômetros do vale e a 500 quilômetros de Vladivostok.
Este lugar era conhecido por amantes da natureza e do turismo de caminhadas ainda no século 19. Mesmo hoje, porém, não se encontra ali um grande número de turistas aqui.
Por seu terreno diferenciado, o planalto de Bermamit ganhou o apelido de “filial de Marte no Cáucaso do Norte”.
De Bergamit descobre-se uma vista incrível das incríveis cordilheiras cobertas de neve da subcordilheira Grande Cáucaso e do Elbrus.
O planalto fica a 30 quilômetros de Kislovodsk e pode ser alcançado somente de carro ou a pé.
Quando o tempo está chuvoso, alguns trechos da estrada ficam pantanosos e, bem no início do verão, ainda há neve ali.
Ali podem-se avistar mais de 300.000 lobos-marinhos, mais de 20 espécies de baleias, admirar cachoeiras altas e uma natureza absolutamente selvagem: são as Ilhas Comandante, no norte do Oceano Pacífico.
Devido aos terremotos, todos os anos o arquipélago se aproxima 50 milímetros mais da península de Kamtchatka.
No maior povoado próximo dali, o Nikolskoie, vivem 800 pessoas: são os aleutas e esquimós.
Este é o local onde fica o único aeroporto das ilhas, recebendo voos de Petropavlovsk-Kamchatski (se houver sorte com o clima).
Este é o ponto mais oriental da Rússia: daqui até a fronteira com os EUA há apenas 4 quilômetros de distância, e é justamente aqui que passa a linha de data internacional de data (uma linha imaginária na superfície terrestre que implica uma mudança de data obrigatória em seu cruzamento).
Quando começa o dia na ilha de Ratmanov, ele termina na ilha vizinha, a norte-americana Little Diomede, no Alasca. Então, se você estava procurando o fim do mundo, achou!
É verdade que é quase surreal chegar ali: na ilha só vivem guardas de fronteira e não se leva turistas para lá.
Mas olhando a partir do Alasca (talvez da casa da Sarah Palin?), pode-se ver uma enorme cruz ortodoxa de sete metros de altura erigida ali no início dos anos 2000.
Uma terra de vales e desfiladeiros sem fim perdidos para além do Círculo Polar Ártico, aqui que fica o centro geográfico da Rússia, o lago Vivi.
O Putorana é um destino popular entre os amantes do turismo radical e do rafting em rios perigosos.
A cidade mais próxima dali é Norilsk, a partir da qual pode-se chegar apenas de helicóptero, lancha ou a pé.
Além disso, para visitar esses territórios o estrangeiro deve obter permissão especial.
Estes pilares rochosos ao ar livre na República de Komi são considerados uma das maiores maravilhas da natureza russa.
Há 200 milhões de anos, havia montanhas altas ali, mas o severo clima destruiu, gradualmente, as rochas. Apenas as mais fortes permaneceram, ou seja, sete pilares entre 30 e 40 metros de altura nas profundezas da Reserva Natural de Petchora-Ilitch.
Para chegar à aldeia mais próxima, Iakcha, é preciso caminhar 40 quilômetros a pé.
Este parque natural, cujo nome homenageia o escritor norte-americano homônimo, está localizado na região de Magadan.
Ele é um dos lagos mais pitorescos e inacessíveis da Rússia. A rota de 70 quilômetros é quase impossível, por meio de uma trilha de montanhas, turfeiras e rios montanheses.
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