Dzikka, o mingau de queijo feito na Ossétia quando nasce um menino (RECEITA)

Comida
OLGA BRÓVKINA
Um prato, dois jeitos de apreciá-lo! Quente, a dzikka quente é um mingau e gelado, uma caçarola. Escolha sua versão favorita!

Esta papa nutritiva da Ossétia, a dzikka, é feita com em ingredientes que toda casa russa tem: queijo em conserva (maturado em salmoura), farinha, “smetana” (creme de leite azedo ou “sour cream”) e sal.

Acredita-se que, na era pré-cristã, os alanos, ancestrais dos ossetas do Cáucaso, ofereciam este “mingau” ao deus do gado, chamado Falvara. Ele é um dos pratos locais mais nutritivos!

Durante o período cristão, a dzikka passou a ser feita duas vezes por ano: na terça-feira após a semana da Páscoa e no final do verão, antes da tosquia das ovelhas.

À primeira vista, você pode pensar que a dzikka é um prato simples, mas, na verdade, é um mingau muito "caprichoso" que exige muita atenção e silêncio durante o cozimento. Na Ossétia moderna, a dzikka é feita para o Kakhts - a celebração do nascimento de um filho.

Uma velha lenda está associada a este feriado. Os habitantes locais desejam riqueza, saúde, longevidade e procriação — a que os ossetas se referem como “barkad” — amigos, convidados estimados e recém-nascidos.

Quando um menino nasce, os anciãos se voltam a Deus e rezam para que “barkad” o acompanhe quando ele crescer e se tornar um homem. Então, eles encostam a perna do bebê em uma dzikka morna. Este ritual simbolizava o primeiro passo do bebê e, portanto, a dzikka é um símbolo de abundância e prosperidade.

O principal segredo para fazer a dzikka é descrito da seguinte forma: "silêncio no processo, e também uma atitude positiva e os pensamentos certos: sobre casa, família e abundância". Este é também um tipo de costume que é rigorosamente observado até hoje.

O prato geralmente é servido quente em chapas de ferro e não precisa de talheres. Os ossetas o comem com uma “tortilha tandoor”, às vezes guarnecida com verduras. A dzikka também é ingerida no café da manhã com ayran, uma bebida de leite fermentado. Quando servida fria, a dzikka também é deliciosa como caçarola.

Ingredientes para 6 porções:

400 g de queijo da Ossétia (ou qualquer queijo tipo coalhada, por exemplo, mussarela ou feta);

150 g de farinha;

1 kg de “smetana” (creme de leite azedo ou “sour cream”);

1 colher de chá de sal (ou menos se o queijo for muito salgado).

Modo de preparo:

  1. Pique o queijo com as mãos ou amasse com um garfo ou ralador.
  1. Em seguida, adicione duas latas de meio litro de smetana com alto teor de gordura ao queijo. As mulheres locais dizem: "É impossível estragar a dzikka com smetana".
  1. Adicione o sal à massa e bata para remover o excesso de grumos.
  1. Despeje a massa em uma panela grande de fundo grosso e derreta. Isso levará de 15 a 20 minutos. Mexa o mingau sem parar e, assim que borbulhar, reduza o fogo ao mínimo e adicione a farinha de trigo pouco a pouco. Não deixe a massa ferver, caso contrário, ela ficará sem gosto.
  1. Por fim, bata o mingau com um batedor de mão até obter uma massa homogênea e sem grumos. A dzikka cozida é um pouco mais densa que a massa de panqueca e tem um tom bege.

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