Hoje, essa gororoba provavelmente seria tratada como uma tendência vegana bacanérrima. Mas, nos tempos soviéticos, as crianças fariam de tudo para evitá-la. O governo começou a produzir o sorvete de tomate na década de 1970, em uma época em que a produção de tomate estava em franca expansão.
Usava-se purê de tomate e suco como base do sorvete, e ele era vendido em copos de papel com uma tampa que trazia o desenho de um tomate sorridente. Às vezes ele não tinha tampa, e as crianças eram enganadas achando que iam tomar um delicioso sorvete de morango ou frutas silvestre. Você provavelmente pode imaginar a decepção deles: algo parecido com a do Valdisney, em “Cine Holliúdi” (2012), quando a mãe o chama para tomar “Toddy” (na verdade, feijão em um copo).
Este era um prato tradicional em jardins de infância e lares soviéticos. E, embora pareça que nenhuma criança possa dizer não a qualquer tipo de macarrão, é difícil imaginar comer a massa com leite e açúcar...
3. Purê de ervilhas
O purê de ervilhas é um prato barato e muito nutritivo. Ele contém uma boa dose de proteína, saudável para o organismo em desenvolvimento. Isso fez com que o purê de ervilha fosse um prato muito difundido nos refeitórios de jardins de infância e escolas. Mas difundido não significa amado. A massa grossa e amarronzada lembrava cimento seco e raramente despertava o apetite.
O mingau de cevada faz uma aparição frequente na culinária russa, principalmente na sopa de picles. Mas, embora possa ser encontrada no fundo do prato de sopa, é difícil evitá-lo quando formar o prato principal é ele sozinho. Este mingau é duro e difícil de mastigar, além de bastante viscoso e, naturalmente, repele qualquer crianças, mesmo com a adição de leite, conservas de frutas ou açúcar.
5. Fígado frito
O fígado é um prato rico em ferro e vitamina B. Portanto, não é de admirar que os pediatras o recomendem como parte da dieta infantil há décadas. Qualquer reserva quanto a sua toxicidade não influenciava em nada nessa recomendação. Mas, para ser sutil, nem todas as crianças curtem fígado. Nem o sabor, nem a aparência dos pratos com miúdos são lá muito atraentes. Algumas mães inventivas tentavam dar a volta nos filhos produzindo bolinhos de fígado, mas não resolvia muito.
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