Em um caixão e com champanhe: como um nobre de Simbirsk chocou a cidade

Russia Beyond (Foto: Domínio público; Pixabay)
Fanfarrão não economizava para pregar peças na população local.

Se Aleksandr Karpov não existisse, valeria a pena inventá-lo. O excêntrico morador de Simbirsk (atual Ulianovsk) gravou seu nome na história da cidade como autor de aventuras engraçadas e escandalosas. Diz-se que ele até se tornou o protótipo do personagem principal do romance ‘O Mestre Coxo’, de Alekêi Tolstói, um homem que se deixa levar e vive obcecado por paixões.

Certo dia, Karpov pagou o dobro do normal aos motoristas de táxi que estavam do lado de fora do teatro local. O tempo estava chuvoso e eles já previam bons ganhos; o público não iria querer caminhar depois da peça. Mas Karpov comprou todos e enviou-os para os arredores de Simbirsk. E os cidadãos bem vestidos tiveram que voltar para casa pelas ruas encharcadas.

Hoje, Karpov seria chamado de piadista ou fanfarrão — assim que tinha uma ideia, corria para realizá-la, não importava quanto custasse. E as pessoas ao seu redor tinham que lidar com isso. Em outro dia, após uma apresentação de teatro, ele estava relaxando com amigos em um restaurante próximo. De repente, ele decidiu ligar para a funerária da cidade e encomendar o carro funerário mais caro com caixão.

Assim que o carro chegou ao restaurante, Karpov subiu no caixão, levando uma garrafa de champanhe em vez de uma vela. Seus amigos também subiram no carro e a “procissão fúnebre” partiu em viagem pela cidade. Senhoras ​​desmaiaram ao ver o “homem morto” se erguendo do caixão para bebericar o espumante da garrafa, outras estremeciam e se benziam — a única coisa que faltava para completar a pegadinha eram trovões no céu.

Várias horas se passaram antes que Karpov ficasse entediado com a própria piada. A procissão retornou ao restaurante, onde a festa prosseguiu. Quando a polícia chegou, o encrenqueiro não conseguia mais falar e muito menos prestar depoimento. E o pior é que, para o policial local, só restava mesmo suspirar profundamente: o fanfarrão era o seu genro.

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