Como era a Rússia em 1944 (FOTOS)

História
ALEKSANDRA GÚZEVA
Estas imagens de arquivo capturaram tanto os momentos difíceis nas linhas de frente da Segunda Guerra Mundial, como também a vida na retaguarda. Vamos dar uma olhada nas fotos de um país que não existe mais.

Os fotógrafos da linha de frente percorreram toda a guerra até Berlim com as tropas. Graças à sua coragem, milhares de imagens de guerra foram tornadas públicas e muitas sobrevivem até hoje. A foto abaixo mostra o correspondente fotográfico militar Evguêni Khaldei na Sevastopol libertada. Um ano depois, ele tiraria sua foto mais famosa: “Erguendo a bandeira da Vitória sobre o Reichstag”.

E abaixo estão algumas fotos tiradas pelo próprio Khaldei:

Marechal Semiôn Timochenko preparando-se para a operação de libertação da Crimeia em 1944.

Batalha por Kertch, na Crimeia.

As ruínas do Museu de Antiguidades de Kertch, no monte Mitrídates, lembram as do Partenon, na Grécia.

Khaldei foi um dos primeiros fotógrafos a ver a Sevastopol destruída após a guerra…

…bem como a saudação em homenagem à libertação de Sevastopol.

Moradores locais relaxando nas ruínas da Sevastopol destruída.

Enquanto crianças tomam banho de sol na praia local.

Assim como os marinheiros tiram um momento de descanso no convés do cruzador Molotov, após a batalha.

“É assim que as guerras terminam” — a lendária fotografia de Khaldei é trágica, assemelhando-se à pintura “A Apoteose da Guerra”, do artista Vassíli Verescháguin.

Khaldei e outros fotógrafos tiraram muitos retratos de soldados e participantes da guerra, tanto heróis famosos quanto anônimos. A foto abaixo mostra o navegador Serguêi Duplius na cabine de um avião.

Na mira da famosa atiradora Valentina Kussanova.

Mergulhador desconhecido na Crimeia verificando se há minas na água.

O ano de 1944 começou com o fim do cerco a Leningrado. Durante quase 900 dias, a cidade esteve cercada pelos nazistas e sem abastecimento de alimentos e remédios. Muitas pessoas morreram em bombardeios e de fome.

Os fotógrafos capturaram as batalhas para libertar Leningrado.

As antigas residências tsaristas nos arredores de Leningrado e fora da cidade haviam sido ocupadas, e vários palácios foram destruídos. Foi com isso que as tropas e os fotógrafos se depararam ao entrar em Peterhof, por exemplo.

Os palácios da residência de Tsárskoie Selô também ficaram em ruínas.

Os nazistas criaram um cemitério para seus soldados e oficiais em frente ao Palácio de Alexandre, em Tsárskoie Selô.

Confira mais fotos dos palácios de São Petersburgo antes e depois da invasão nazista e sua posterior restauração aqui.

Os fotógrafos soviéticos compartilharam os momentos sentimentais com o Exército Vermelho. Abaixo vê-se uma foto da libertação de crianças que eram prisioneiras do campo de concentração em Petrozavodsk (Carélia). Na placa lê-se: “É proibido escalar o arame sob risco de execução!”

Uma fileira de prisioneiros de guerra alemães marchando por Moscou.

Uma unidade de partisans marchando em missão de reconhecimento.

Tanquistas de Tcheliabinsk lendo uma carta de seus compatriotas.

Abaixo, uma camponesa e um soldado são retratados conversando.

Em 1944, as tropas soviéticas libertaram a Crimeia, a Bielorrússia, a Ucrânia Ocidental e a Polônia. Abaixo vê-se tanques passando pela Lviv libertada.

Soldados soviéticos foram recebidos em todos os cantos como heróis-libertadores com flores e lágrimas de felicidade.

Jovens fazem fila em uma estação de doação para doar sangue aos feridos.

Por incrível que pareça, o metrô de Moscou continuou em expansão mesmo durante a guerra. As estações Elektrozavodskaya (abaixo, à esq.) e Partizanskaya, por exemplo, foram construídas e inauguradas nesse período.

Enquanto isso, as cidades libertadas voltavam à vida pacífica, com pessoas trabalhando, casando-se e tendo filhos.

A produção de filmes também seguiu a todo vapor. Em 1944, Serguêi Eisenstein filmou seu icônico ‘Ivan, o Terrível’. Na foto abaixo, ele aparece com Nikolai Tcherkassov (à esquerda), que interpretou o papel principal.

O ator Gueórgui Miliar emagrecera tanto durante a guerra que se encaixou perfeitamente no papel do bruxo malvado Koschei, o Imortal.

A verdadeira estrela literária desta época foi Aleksêi Tolstói (não confundam com Lev; eles nem sequer eram parentes). Depois de receber o Prêmio Stálin pelo seu romance sobre a revolução, “O Caminho para o Calvário”, ele escreveu uma carta ao líder soviético pedindo-lhe que usasse o dinheiro do seu prêmio para construir um tanque.

Urso interagindo com visitantes do Zoológico de Moscou em 1944.

Moradores de Ulianovsk despedindo-se do navio a vapor ‘Féliks Dzerjinski’.

Enquanto a maioria dos homens ia para a frente de batalha, as mulheres assumiam o trabalho “masculino”. As fotos abaixo mostram a produção de projéteis em uma fábrica de Leningrado.

Produção de armas em uma fábrica de máquina operatriz em Tula.

E aqui se vê ferro sendo fundido no alto-forno de uma fábrica Uralmash.

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