“O Homem na Encruzilhada”, Diego Maria Rivera
Teatro de Ópera da Cidade do MéxicoNo entanto, Rivera não era apenas um artista famoso, mas também um comunista inveterado — de modo que o resultado do trabalho foi totalmente inesperado para Rockefeller.
O tema encomendado para Rivera foi “Homem na Encruzilhada”, e o artista o interpretou como a escolha de uma pessoa entre o capitalismo e o comunismo.
O capitalismo é retratado na obra com imagens de horror: no canto superior esquerdo do afresco, pode-se ver soldados com máscaras de gás e aviões militares; abaixo, a polícia dispersando os manifestantes; e cenas da “vida noturna” selvagem são retratadas no miolo. Já o comunismo, é mostrado com aparente simpatia: uma cabeça de estátua com uma suástica é derrubada; no canto superior direito, vê-se uma manifestação em homenagem ao Dia do Trabalho, além de trabalhadores ao redor de Lênin no miolo.
Lênin tornou-se, assim, motivo de polêmica. Rockefeller exigiu a remoção do líder do proletariado mundial do afresco, mas Rivera se recusou. O artista foi afastado do trabalho no centro, e a parte finalizada do afresco foi destruída.
Mais tarde, Rivera o restaurou no Palácio das Belas Artes da Cidade do México, mas ligeiramente alterado. Acrescentou, de forma nada lisonjeira, o retrato do pai de Nelson, John Rockefeller, no lado “capitalista” do afresco.
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