5 mulheres que se tornaram Heroínas da União Soviética

ТАСС; Sputnik; Arquivo; Ia. Brodski, Olga Ignatovitch, Ivan Chaguin/МАММ/МDF/russiainphoto.ru
Entre essas inspiradoras mulheres, estão Valentina Terechkova, a primeira a ir ao espaço, e Liudmila Pavlitchenko, a sniper mais popular da história mundial.
  1. Valentina Grizodubova

Valentina Grizodubova foi a primeira mulher a recebeu o título de Heroína da União Soviética. De 24 a 25 de setembro de 1938, o avião ANT-37 "Pátria Mãe" que ela comandava cobriu uma distância de 6.450 km em 26 horas e 29 minutos sem pousar. Sua copilota, Polina Ossipenko, e a pilota Marina Raskova também receberam o título de heroínas pelo recorde feminino em um voo de longa distância. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Grizodubova comandou o 101º Regimento de Aviação de Longa Distância, que era todo masculino. Entretanto, ela rapidamente conquistou o respeito de seus subordinados como comandante de combate e chefe talentosa. Ela é responsável por 200 voos, incluindo 132 noturnos.

Valentina Grizodubova provou ser especialmente eficiente no abastecimento dos destacamentos de partisãos por trás das linhas inimigas. A comandante foi enviado pessoalmente várias vezes a missões perigosas e como resultado foi condecorada com a medalha "Partisã da Grande Guerra Patriótica".

"Ela era uma mulher muito corajosa, resoluta e ousada na implementação de seus planos", escreveu Aleksander Saburov, comandante da unidade de partisãos.

  1. Zoia Kosmodemianskaia

Zoia Kosmodemianskaia foi uma das heroínas soviéticas mais famosas da Segunda Guerra Mundial. Filmes, livros e canções foram escritos sobre ela na URSS.

Durante a batalha por Moscou, em novembro de 1941, ela foi enviada, aos 18 anos como membra de um grupo de reconhecimento de sabotagens para uma aldeia ocupada pelo inimigo. O comando soviético ordenou então a queima das aldeias próximas à capital, que o inimigo poderia usar como alojamento de inverno.

Zoia conseguiu incendiar várias casas antes de ser capturada. Nem a tortura, nem os espancamentos a fizeram se curvar: mesmo quando ela foi levada à forca, continuou a chamar a multidão reunida de aldeões para continuar a luta contra o inimigo. Em 16 de fevereiro de 1942, Kosmodemianskaia foi premiada postumamente com o título de Heroína da União Soviética. 

  1. Liudmila Pavlitchenko

"Senhora Morte" foi o apelido dado por jornalistas americanos a Liudmila Pavlitchenko, a mais prolífica sniper mulher da história. Mais de 300 soldados e oficiais inimigos foram mortos por ela.

Os alemães organizaram uma verdadeira caçada pela moça, selecionando seus melhores atiradores para este fim. Mas, no final das contas, os próprios caçadores se tornaram vítimas: Liudmila liquidou cerca de trinta franco-atiradores alemães enviados para liquidá-la.

Em 1942, Pavlitchenko visitou os EUA como membra da delegação soviética. No início, os americanos não a levavam a sério, enchendo a moça de perguntas sobre a vida cotidiana das mulheres na frente de batalha.

No final das contas, Liudmila não aguentou mais e respondeu aos jornalistas com um desafio, não deixando de insinuar a importante questão de abrir uma segunda frente: "Cavalheiros, tenho 25 anos. Destruí 309 invasores fascistas na frente de batalha. Vocês não acham que estão se escondendo atrás de mim há muito tempo?"

  1. Maria Oktiabrskaia

Depois que seu marido foi morto em batalha, em agosto de 1941, Maria Oktiabrskaia foi arrebatada por uma verdadeira sede de vingança. Entretanto, a telefonista de 36 anos não tinha pressa de ser levada para a frente de batalha, ainda mais porque tinha problemas de saúde. Assim, Maria decidiu tomar um rumo diferente.

Ela vendeu todos os seus pertences, encontrou um trabalho de meio período, além de seu trabalho principal, e enviava todo o dinheiro arrecadado para o Fundo de Defesa para pagar a construção do tanque T-34 para o Exército Vermelho.

Ao mesmo tempo ela escreveu uma carta a Stálin, contando sua história: "Quero me vingar dos cães fascistas pela morte dele e pela morte de todos os soviéticos martirizados pelos bárbaros fascistas. Para este fim doei ao Banco Estatal todas as minhas economias pessoais, 50.000 rublos, para a construção do tanque. Peço que batizem o tanque de ‘Amiga da Batalha” e me mandem para a frente de batalha como o motorista deste tanque”.

Stálin foi encontrar com a viúva. Após terminar o curso da escola de tanquistas de Omsk, Maria Oktiabrskaia virou mecânica e motorista do tanque que foi construído com suas economias e lutou com sucesso, até sua morte, em 15 de março de 1944.

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  1. Valentina Terechkova

A ideia de enviar uma mulher para o espaço surgiu às autoridades soviéticas após o bem-sucedido voo de Iúri Gagárin, em 1961. Enquanto o primeiro cosmonauta homem foi procurado entre os pilotos militares, a candidato feminina foi selecionada entre centenas paraquedistas. E Valentina Terechkova foi a escolhida.

O voo da primeira mulher cosmonauta começou em 16 de junho de 1963 e durou quase três dias, durante os quais sua nave espacial Vostok 6 circundou a Terra 48 vezes. Terechkova continua sendo a única mulher na história a ter voado sozinha no espaço — outras mulheres voaram apenas como parte das tripulações.

Depois de seu triunfo, Valentina Terechkova, que recebeu o título de Herói da União Soviética, decidiu se dedicar à política. Ela permaneceu como membro do corpo cosmonauta até 1997, mas nunca mais foi para o espaço. E continua na Duma.

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