Na tarde de 28 de maio de 1987, quando era celebrado o Dia da Guarda de Fronteira na URSS, um monomotor leve Cessna-172R pousou suavemente no centro de Moscou, muito perto da Praça Vermelha.
O piloto amador alemão Mathias Rust foi preso dez minutos após o pouso. Nesse curto período até ser detido pela polícia, o homem alto, vestido com um macacão vermelho, saiu da cabine e começou a dar autógrafos para quem se aproximasse.
Rust havia decolado perto de Helsinque em um avião esportivo leve que ele havia fretado, furou - contra todas as probabilidades - o sistema de defesa aérea soviética e voou cerca de 830 quilômetros até o coração da URSS.
Após o incidente, o Ministro da Defesa soviético, Serguêi Sokolov, e o comandante das Forças de Defesa Aérea, Aleksandr Koldunov, perderam seus postos, assim como outros 300 oficiais. Diversos especialistas apontam que Mikhail Gorbatchov usou o pretexto para fazer uma limpeza geral entre as lideranças conservadoras das Forças Armadas que não apoiavam suas reformas destinadas a fortalecer a democracia, a perestroika e a glasnost.
Mathias Rust durante julgamento em Moscou, em 1987
Nikolai Málichev, Aleksandr Konkov/TASSO julgamento contra o piloto foi realizado em Moscou entre 2 e 4 de setembro. Na ocasião, Rust declarou que seu voo era "um apelo à paz", mas acabou sendo acusado de vandalismo e condenado a quatro anos de prisão.
No entanto, o governo soviético concedeu-lhe anistia em 3 de agosto de 1988, há exatos 33 anos.
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