Em 1978, na cidade de Severodvinsk, no norte da Rússia, a Marinha soviética começou a construção de um novo submarino de terceira geração K-278, único do projeto 685 Plavnik. Em 30 de maio de 1983, o submarino foi retirado do estaleiro e entregue à Frota do Norte.
Em termos de suas características técnicas, o submarino do Projeto 685 não diferia muito dos outros submarinos soviéticos da época. Tinha 110 metros de comprimento e 12,3 metros de largura e sua velocidade subaquática máxima era de 30 nós. O K-278 comportava uma tripulação de até 69 pessoas. Mas tinha uma característica distintiva: era capaz de alcançar uma profundidade de imersão incrível.
Em 4 de agosto de 1985, no Mar da Noruega, o submarino K-278, sob o comando do capitão Iúri Zelênski, desceu a uma profundidade sem precedentes na história da navegação militar.
Graças ao casco de titânio, o submarino nuclear alcançou 1.027 metros de profundidade, enquanto a profundidade dos outros submarinos militares normalmente não ultrapassa os 600 metros.
Segundo um dos marinheiros a bordo, o submarino desceu muito lentamente, medindo a profundidade e parando a cada 100 metros. Os membros da tripulação verificavam não apenas a estanqueidade do casco, mas também a possibilidade de lançar torpedos a grandes profundidades, onde o submarino era inalcançável e indetectável por dispositivos de detecção hidroacústica.
Em junho de 1987, o submarino completou seu período de testes e se tornou uma embarcação de combate. Em 1989, foi batizado de Komsomólets.
Em 7 de abril de 1989, quando o submarino estava voltando do serviço de combate no mar da Noruega, começou um incêndio a bordo. O fogo destruiu dois compartimentos adjacentes, os principais sistemas de tanques de lastro. Através deles, o submarino acabou inundado pela água externa. Como resultado, 42 pessoas morreram, enquanto 27 membros da tripulação sobreviveram.
O recorde de profundidade do submarino nuclear Komsomólets não foi quebrado até hoje.
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