1. Sviatoslav Ígorevitch
Sviatoslav Ígorevitch foi príncipe da Rus Kievana, Estado que precedeu a Rússia. Ele deu o controle do governo para sua mãe, a princesa Olga, e passou toda a vida em missões militares.
Durante as numerosas campanhas, Sviatoslav derrotou os khazars, pechenegues, búlgaros, tomou a capital do reino búlgaro Preslav e capturou seu tsar, Boris 2°. Dessa maneira ele conseguiu expandir as fronteiras da Rus Kievana e melhorar as habilidades militares do exército.
O conflito militar com o Império Bizantino, porém, terminou em derrota para o príncipe da Rus Kievana. Retirando-se para Kiev em 972, Sviatoslav foi emboscado pelos pechenegues. "Kurya, príncipe dos pechenegues, atacou e matou Sviatoslav, pegou sua cabeça, fez uma tigela do seu crânio e bebeu dele", lê-se na história da primeira formação política do povo eslavo oriental, intitulada “Crônica de Nestor”.
2. Dmítri Donskôi
Em 1378, Dmítri de Moscou, conhecido como Donskôi (1350-1389), esmagou, pela primeira vez em muito tempo, um dos exércitos da Horda de Ouro, do Império Mongol.
Em 1380, Dmítri Donskôi, que tinha deixado de pagar impostos à horda, derrotou o exército do Cã Mamai, que tinha de 60.000 a 110.000 homens, na Batalha de Kulikovo.
A vitória do príncipe Dmítri não levou à libertação da Rus dos cãs mongóis. No entanto, foi o passo mais importante nessa direção: os pagamentos de tributos à horda se tornaram irregulares e outros principados russos começaram a organizar suas próprias campanhas militares. Moscou, por sua vez, tornou-se um centro inquestionável de unificação das terras russas, que se livrariam completamente do mongóis apenas após quase 100 anos, no final do século 15.
3. Mikhail Skôpin-Chúiski
O príncipe Mikhail Skôpin-Chúiski, que morreu aos 23 de idade, foi uma das figuras mais importantes período da história russa que ficou conhecido como o Tempo das Dificuldades. Com a queda da dinastia Rurikovich no final do século 16 e devido à grave situação econômica e fome, o Estado russo caiu no caos dos conflitos políticos, revoltas e intervenções estrangeiras.
Em 1606, aos 20 anos de idade, Skôpin-Chúiski foi nomeado coronel e, junto com aliados suecos, derrotou os invasores poloneses e as tropas do “Falso Dmítri” (ou Falso Demétrio) – na realidade, o monge Grigóri Otriêpev, que se fazia passar por Dmítri, filho mais novo de Ivan, o Terrível, e que teria, segundo o próprio, escapado de uma tentativa de assassinato em 1591.
Em março de 1610, Mikhail Skôpin-Chúiski entrou solenemente na Moscou liberada. Reconhecido como herói nacional, ele se preparava para liberar a cidade de Smolensk dos poloneses, mas morreu em 3 de maio do mesmo ano. Acredita-se que ele tenha sido morto por seu irmão, Dmítri Chúsiki, que estava com ciúmes do sucesso de Milhail, ou pelo tsar Vassíli Chúiski que tinha percebido que Mikhail representava uma ameaça ao seu trono.
4. Piotr Rumiantsev
Um dos melhores comandantes militares russos do século 18, Piotr Rumiantsev, ficou famoso durante a Guerra dos Sete Anos contra os prussianos. Na Batalha de Gross-Egersdorf, em 30 de agosto de 1757, durante a retirada, ele, comandando a reserva, conseguiu transformar a derrota em vitória.
As ideias de estratégias militares de Piotr Rumiantsev se tornaram a base da escola militar russa. Elas se provaram eficazes durante a guerra russo-turca de 1768-1774. Assim, na Batalha de Cahul, em 1° de agosto de 1770, seu exército de 17 mil homens derrotou o exército turco, que tinha mais de 150 mil militares, perdendo apenas pouco mais de 300 pessoas. Enquanto isso, o inimigo perdeu mais de 20 mil vidas.
5. Aleksandr Suvorov
Em toda sua carreira militar, o generalíssimo Aleksandr Suvorov não perdeu uma única grande batalha. Na segunda metade do século 18, ele participou de sete campanhas militares, incluindo a supressão da revolta polonesa, as guerras contra o Império Otomano e contra a França.
A estratégia militar de Suvorov se baseava na avaliação correta da situação e ataques rápidos, independentemente do tamanho do exército inimigo. A maioria dos comandantes de sua época preferiam ficar em defesa e atacar apenas quando estavam vantagem numérica.
6. Mikhail Kutuzov
Um dos discípulos mais talentosos e amados de Suvorov, Mikhail Kutuzov liderou as tropas russas durante a Guerra Patriótica de 1812 contra Napoleão e conseguiu derrotar o "Grande Exército".
Assumindo o comando em agosto de 1812, Kutuzov continuou a seguir as táticas de seu predecessor, Barclay de Tolly, e tentava evitar uma batalha geral com Napoleão, recuando para o interior e esgotando o exército inimigo. No entanto, sob a pressão de generais e da opinião pública, Kutuzov foi forçado a se encontrar com o "Grande Exército" em combate aberto perto da aldeia de Borodinô, a 125 quilômetros de Moscou.
Durante a batalha, Kutuzov preferiu agir a partir da defesa. No final das contas, nenhum dos lados obteve uma vitória decisiva. O imperador francês não conseguiu derrotar o exército russo, que manteve sua capacidade de combate, e, consequentemente, não conseguiu vencer a guerra.
7. Mikhail Skôbelev
O comandante Mikhail Skôbelev foi apelidado de "General Branco", já que sempre estava montado em um cavalo branco, e vivia como um simples soldado.
Skôbelev conquistou muitas vitórias nas guerras da Rússia na Ásia Central, mas o auge de sua carreira foi a guerra russo-turca de 1877-1878. Graças às vitórias do "General Branco", os povos dos Bálcãs receberam a independência dos sultões.
8. Vassíli Tchúikov
O general Vassíli Tchuikov é considerado o principal estrategista da vitória soviética em Stalingrado, que marcou o início dos sucessos do exército vermelho durante a Segunda Guerra Mundial. Seu objetivo era conter o 6º Exército de Friedrich Paulus e não entregar a cidade enquanto o exército da URSS preparava a operação "Urano" para cercar o grupo inimigo.
Tchúikov escolheu as táticas de combate próximo, ou seja, os soldados soviéticos ficavam localizados a poucos metros do inimigo, o que dificultava os ataques aéreos e de artilharia alemã. O general criou grupos de assalto especiais para invadir casas e edifícios e suprimir a resistência do inimigo enquanto aguardavam a aproximação das forças principais.
9. Konstantin Rokossóvski
"Na guerra perto de Moscou, é preciso pensar em Berlim. O exército soviético certamente estará em Berlim", disse o comandante do 16º exército da URSS, tenente-general Konstantin Rokossóvski. O então futuro marechal foi igualmente eficaz em batalhas defensivas e em operações ofensivas.
Rokossóvski participou do desenvolvimento da operação "Urano", e foram suas tropas que capturaram Paulus e 90 mil soldados alemães. Durante a Batalha de Kursk, Rokossóvski criou uma linha de defesa profundamente escalonada e repeliu os ataques inimigos ajudando outras frentes.
Foi o marechal Rokossóvski quem venceu também a Batalha do Dnieper, derrotou o grupo do exército "Centro", liberou a Polônia, a Prússia Oriental e a Pomerânia.
Por razões desconhecidas, Stálin não permitiu que Rokossôvski tomasse a capital do Terceiro Reich e o substituiu por Gueôrgui Jukov. Segundo os historiadores essa decisão foi tomada devido à origem polonesa de Rokossôvski.
10. Gueórgui Jukov
O comandante soviético mais famoso da Segunda Guerra Mundial, Gueórgui Jukov, foi respeitado tanto pelos aliados ocidentais, quanto pelos inimigos. Os alemães sabiam que se Jukov viesse para a frente de batalha certamente haveria uma ofensiva. O marechal Jukov derrotou as tropas japonesas na Batalha de Khalkhin-Gol, salvou a Leningrado do cerco em 1943, liderou a contra-ofensiva das tropas soviéticas perto de Moscou, devolveu controle sobre a cidade de Kursk e capturou Berlim.
Ele foi o mais famoso líder militar soviético e tem hoje uma estátua gigantesca em sua homenagem na Praça Vermelha. Apesar disso, Jukov perdeu a luta pelo poder dentro da hierarquia soviética no pós-guerra.
Após a vitória, em 1946, Júkov ficou encarregado de comandar a zona de ocupação soviética na Alemanha e foi comandante-chefe das Forças Terrestres soviéticas. Tudo mudou quando Stálin destituiu Júkov de todos seus postos e o enviou à remota cidade de Odessa, no sul, para chefiar um distrito militar local: um desterro humilhante para um herói de guerra.
Segundo alguns historiadores russos, Stálin queria, na realidade, somente se livrar de um potencial concorrente. Júkov tinha ganhado uma enorme popularidade entre os soviéticos durante a guerra e passou a representar perigo ao bigodudo líder: era um possível concorrente aos corações russos no culto à personalidade, que então estava voltado única e exclusivamente a Stálin.
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