Todo cidadão soviético era obrigado a servir dois anos no Exército, ou três na Marinha. Mas o treinamento de combate começava bem antes do recrutamento.
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O treinamento militar básico nas escolas soviéticas foi introduzido em 1968. Nos primeiros anos, as crianças aprendiam a reagir no caso de ataque nuclear ou com gás.
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Embora as mulheres soviéticas não fossem obrigadas a integrar as fileiras das Forças Armadas, elas também tinham que passar por um curso básico de treinamento militar. E não havia desculpas por razões de gênero.
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Sob controle estrito, os alunos tinham acesso a fuzis de assalto AK-47 para aprenderem a preparar a arma com o máximo de agilidade.
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Não havia permissão para disparar uma arma tão poderosa. Nos campos de tiro especiais da escola, os alunos recebiam rifles de pequeno calibre, como o TOZ-8.
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As meninas também atiravam. Além disso, aprendiam a oferecer primeiros socorros e fazer curativos no campo de batalha.
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Os estudantes soviéticos sabiam como marchar e fazer a guarda, além dos princípios básicos da guerra antitanque, das missões de reconhecimento, da guerra radioeletrônica, da proteção química e estratégia e tática – bem como história militar.
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A formação militar básica nas escolas era ensinada sobretudo por oficiais da reserva. Às vezes, sargentos da ativa eram chamados para dar palestras para as crianças.
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Outra parte desse treinamento militar era a participação no esporte popular e jogo militar conhecido como Zarnitsa (“relâmpago de urze”), que era uma simulação de exercícios militares.
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Realizado em algum lugar do país, longe das grandes cidades, o Zarnitsa incluía cerimônias oficiais, desfiles, marchas, diferentes atividades de treinamento e competições, mas a parte favorita das crianças era a fase de ‘combate’.
Os ‘exércitos’ lutavam para conseguir a bandeira do outro lado e, ao mesmo tempo, tentavam proteger a sua. Quando se tratava de combate corpo a corpo, o objetivo era arrancar as ombreiras dos oponentes. Lutar de verdade, porém, era estritamente proibido.
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Após o colapso da União Soviética, a Rússia não abandonou por completo o treinamento militar básico. Reduzido e limitado, passou a se chamar Base da Segurança da Vida e hoje lembra vagamente aquela abordagem soviética.
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