Karo, Djulbars e outros cães soldados que salvaram dezenas em guerras

Grigory Sysoev/Sputnik
Desde a Guerra da Crimeia, animais são usados ​​para detectar minas não detonadas e prestar socorro aos homens atingidos em batalha. Um deles, então ferido, marchou nos braços de seu companheiro humano durante o Desfile da Vitória em 1945.

Alguns documentos de 1840 revelam que os cães eram usados ​​pelo Exército russo já durante a Guerra da Crimeia. Os cachorros eram empregados nas linhas de frente e como animais de reconhecimento para avisar os soldados da aproximação do inimigo.

Cão em trincheira na Guerra da Crimeia

Famoso comandante militar russo, general Skobelev, usou cães em sua campanha na Ásia Central em 1890. Os animais transportavam munição, entregavam correspondência e vasculhavam o território.

Nicolau 2º acompanhado de generais e cão de batalha

Os cães também foram um importante reforço durante a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) e a Primeira Guerra Mundial. A cadela Karo entrou na história por salvar 37 oficiais e soldados.

Treinamento de resgate em centro militar nos arredores de Moscou

No início do século 20, os cães passaram a servir nas fileiras da polícia russa. Em 1908, foi criada uma organização especial para promover o uso de cães em campos de batalha em todo o país.

Em 1909, a primeira escola para treinamento de cães policiais foi aberta em São Petersburgo. Um dos “alunos” mais promissores foi um Doberman chamado Tref, que ao longo dos anos conseguiu localizar dezenas de ladrões e terroristas.

Doberman Tref

Na URSS, a tradição de adestrar cães policiais se intensificou em meados dos anos 1920. Na década de 1930, pastor alemão era a raça mais usada pela milítsia soviética.

Durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 60.000 cães foram alistados pelo exército e conseguiram salvar cerca de 700 mil soldados feridos dos campos de batalha. Também têm o mérito de identificar milhões de minas não detonadas e destruir tanques inimigos colocando bombas poderosas sob os veículos.

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Um lendário cão, chamado Djulbars, identificou mais de 7.000 minas e granadas de artilharia. Ferido em batalha, marchou no Desfile da Vitória de 1945 nos braços de um soldado.

Tripulação do blindado BA-10 sovético incluía cães, na Segunda Guerra Mundial

Após o conflito, cada vez mais cães começaram a ser empregados pela polícia e agências de aplicação da lei na Rússia.

Atualmente, quase todas as unidades policiais do país contam com, pelo menos, um cão. 

Os animais estão presentes até mesmo nas unidades militares no Ártico, onde são usados para rebocar trenós.

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