Isabel era a filha mais nova de Pedro, o Grande, portando, de acordo com as regras, apenas subiria o trono caso o neto de seu pai, Pedro 2º, e sua irmã mais velha, Anna, deixassem o governo do Império Russo.
Pedro 2º morreu dois anos depois de iniciar seu reinado e, quando Anna recusou-se a assumir o trono, Isabel, provavelmente, pensou que sua chance havia chegado. Mas o Conselho Supremo Secreto a considerou filha ilegítima de Pedro, contestando seu direito ao trono. Isabel era a segunda filha do antigo imperador com Catarina 1º. Seus pais casaram-se secretamente na Catedral da Divina Trindade, em São Petersburgo, em novembro de 1707, mas a cerimônia pública só ocorreu quatro anos depois. Como o casamento de seus pais não havia sido reconhecido publicamente à época de seu nascimento, esse argumento foi usado pelos adversários políticos para isolar Isabel.
Como resultado, a sobrinha de Pedro, o Grande, Anna Ioannovna, tornou-se tsarina.
Quando Ioannovna morreu, seu sobrinho-neto Ivan 6º, de apenas dois meses, foi designado ao trono – o que era ainda mais preocupante porque, essencialmente, os pais do bebê (seu pai era alemão!) teriam a última palavra nos assuntos políticos.
Isabel parecia, portanto, a única salvação: em primeiro lugar, era russa e, em segundo, filha de Pedro, o Grande – e já havia prometido seguir os passos do pais.
Com a ajuda de oficiais de guarda do Regimento Preobrajenski, Isabel entrou no Palácio de Inverno, em São Petersburgo, e se anunciou como a nova Imperatriz. Este foi provavelmente o golpe menos sangrento da história da Rússia.
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