Arquivos mostram que Diretoria Política de Estado estava pronta a aceitar a deserção de Reilly, que passaria a trabalhar para ela, mas Stalin ordenou sua morte em uma floresta nos arredores de Moscou.
Getty ImagesO agente britânico de Sidney Reilly (nascido Sigmund Rosenblum) foi o primeiro “superespião” do século 20 por trás de um plano para derrubar o governo bolchevique e foi executado em 5 de novembro de 1925.
Nascido em Odessa em 1873, ele acabou em Londres, onde foi contratado pelo MI6 graças a suas habilidades linguísticas e esperteza.
De volta à russa em 1918 ao final da Revolução Bolchevique, Reilly preparou um plano secreto usando os desiludidos guardas letões que protegiam o Kremlin para matar figuras-chaves do governo soviético, entre elas Lênin, em um encontro do Soviete de Mosscou no Teatro Bolshoi.
As preparações, porém, foram arruinadas por outra tentativa de assassinato de Lênin, por Fanny Kaplan. Essa resultou no Terror Vermelho, que levou às mortes de centenas de milhares de pessoas.
Apesar de Reilly ter fugido pela Finlândia durante o Terror Vermelho, ele foi seduzido de volta para a Rússia pela “Operatsia Trest” (em português, “Operação Confiança”), falsa organização anti-comunista criada pela Diretoria Política de Estado para capturar espiões estrangeiros.
Após isso, ele foi levado à prisão Lubianka e interrogado. Arquivos mostram que a diretoria estava pronta a aceitar a deserção de Reilly, que passaria a trabalhar para ela, mas Stálin ordenou sua morte em uma floresta nos arredores de Moscou.
De codinome “Ás dos Espiões”, Reilly foi assunto de muitas séries de TV e, diz-se, chegou até mesmo a inspirar o agente mais conhecido do mundo, James Bond, de Ian Fleming.
Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: