"Protesto em 30 de outubro", 1905, de Iliá Repin
Museu do Estado RussoEm 1905, a primeira greve russa começou com um movimento de oposição liberal impulsionado pela Guerra Russo-Japonesa, que havia colocado a opinião pública contra o governo. Durante uma semana no início de janeiro, 120 mil trabalhadores entraram em greve em São Petersburgo. Em 9 de janeiro, 100 mil pessoas marcharam com ícones e retratos do tsar na Praça do Palácio. As tropas oficiais, porém, abriram fogo contra a multidão, matando 130 e deixando outras centenas feridas.
Esse fatídico dia veio a ser conhecido como Domingo Sangrento.
Em reação ao massacre, mais de 400 mil trabalhadores de todas as classes sociais saíram em protesto apenas ao longo daquele mês de janeiro. Em todo o país foram sendo formados sindicatos, incluindo a União das Mulheres por Igualdade.
A resposta final ao imperador foi dada com uma greve geral em setembro, e, em outubro, praticamente toda a rede ferroviária parou. A essa altura, os conselheiros do tsar instaram Nicolau 2º a fazer concessões, temendo que ele perdesse o trono.
Em 30 de outubro, o imperador relutantemente lançou o Manifesto de Outubro, no qual concedia liberdades civis e criava um Parlamento.
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