Os álamos começaram a ser plantados em Moscou nas décadas de 1950 e 1960, quando novos bairros foram construídos em massa na cidade.
Para o paisagismo, os especialistas sugeriram o uso de alámos, ou choupos-brancos, de rápido crescimento. Originárias da América do Norte, as árvores se adaptam bem ao clima russo.
Os alámos podem ser machos e fêmeas, mas apenas os últimos produzem pólen. A recomendação de plantar somente alámos machos nem sempre foi seguida à regra, devido ao grande volume de construção e correria para finalizar o processo. E os próprios moradores plantaram muitas árvores durante os dias de limpeza comunitária na época da URSS (“subbôtnik”).
Além disso, os especialistas acreditam que algumas árvores machos mudaram de sexo como resultado da poda regular das copas. Com isso, quase metade dos 600 mil alámos da capital são hoje fêmeas. Estas árvores também existem em outras cidades da União Soviética, mas não tanto quanto em Moscou.
O álamo em si é uma árvore útil, pois purifica e hidrata o ar na região — além de trazer um aspecto nevado à cidade em plena temporada de calor. O problema é que, ao mesmo tempo, o aumento do nível de pólen no ar provoca reações alérgicas em muitos moradores. Sem falar que, por alguma razão, diversas crianças (e também adultos) gostam de atear fogo nele — não o faça.
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