As performances mais incríveis executadas por ginastas soviéticas e russas (VÍDEOS)

Estilo de vida
SÓFIA POLIAKOVA
A falha na execução de qualquer uma delas poderia ter se transformado em tragédia. Mas estas atletas superaram qualquer expectativa!

"Sempre tive medo do salto. Sim! Mesmo depois de dominá-lo até se tornar uma coisa automática, sempre que eu me aproximava das barras para fazê-lo ficava com o coração na mão de tanto medo. Minhas pernas balançavam, eu tinha tontura e uma fraqueza nauseante", escreveu a ginasta soviética Olga Korbut (1955 - ) em sua autobiografia.

Salto Korbut

Foi nas Olimpíadas de Munique, em 1972, que a tetracampeã olímpica Olga Korbut executou pela primeira vez o salto que mais tarde recebeu seu nome. Quando estava fazendo os movimentos em barras de diversas alturas, ela ficou de pé na parte alta das barras, deu um salto mortal para trás e segurou a barra de novo.

Mais tarde, o movimento foi banido devido a uma mudança nas regras – passou a ser proibido ficar de pé nas barras. Isso porque considera-se que quando os ginastas ficam de pé na barra, o ritmo e o andamento da apresentação são prejudicados. Mas há quem diga que o movimento foi banido justamente por causa do perigo de sua execução.

O salto de Múkhina

A tricampeã mundial e tetracampeã europeia Elena Múkhina (1960-2006) aperfeiçoou o salto Korbut. A ginasta adicionou um “twist” a ele, ou seja, uma rotação enquanto dava o salto mortal para trás. Mais tarde, também esse movimento foi proibido.

Múkhina era considerada uma das ginastas mais promissoras da equipe soviética, mas, depois de uma verdadeira tragédia, não pôde participar das Olimpíadas.

Durante a preparação para as Olimpíadas de 1980, Elena tentou executar um movimento masculino chamado Thomas flip. Nele, o ginasta dá uma cambalhota e meia para trás com um “flip” de 540 graus e aterrissa de cabeça para baixo em uma cambalhota.

Ao executar o movimento, Múkhina sofreu uma lesão na coluna vertebral e ficou permanentemente confinada a uma cadeira de rodas. Atualmente, todos os movimentos com finalização em cambalhota são proibidos (inclusive para ginastas do sexo masculino).

Salto de Produnova

Este movimento foi batizado em homenagem a Elena Produnova, que levou a medalha de prata nas Olimpíadas de 2000. Nele, a ginasta salta para a frente no cavalo de ginástica, projeta-se para fora dele com os braços e dá duas cambalhotas e meia para a frente. Elena se preparava para aquela prova havia 8 anos, e nem mesmo seu treinador acreditava que ela conseguiria. Mas Produnova executou o salto com perfeição nos jogos universitários de verão Universíade em 1999.

O movimento é permitido, mas apenas cinco ginastas já o executaram com sucesso.

Voo de Chapochnikova

Este é um voo da barra inferior para a barra superior a partir da parada de mão. O movimento leva o nome da bicampeã olímpica Natalia Chapochnikova e é permitido e empregado nos programas de muitas ginastas em competições de alto nível. Ele é considerado um dos mais difíceis de executar na apresentação em barras assimétricas.

Aterrissagem de Mustáfina nas barras irregulares

Alia Mustáfina, bicampeã olímpica e tricampeã mundial, inventou e executou dois novos movimentos. Um deles é a aterrissagem nas barras assimétricas com dois saltos para trás agrupados com um giro de 540 graus. 

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