5 curiosidades sobre a raça de gatos mais exótica da Rússia, o Bobtail das Curilas

Estilo de vida
ANNA SORÔKINA
Só para começar, este animal mágico tem, em vez de cauda, um pompom, como o de um coelho, além de pernas traseiras poderosas!

Gatos que parecem pequenos linces... Aliás, é assim que são mais chamado na região os gatos das Curilas, raça só foi registrada oficialmente nos anos 1990.

1. O Bobtail das Curilas tem antepassados siberianos

Esta raça ainda é pouco estudada pelos felinólogos, mas seu surgimento teria se dado com o cruzamento entre Bobtails japoneses e gatos siberianos. Eles foram levados para as Ilhas Curilas por marinheiros japoneses e russos em meados do século 17, quando estas terras foram descobertas e mapeadas.

Como resultado, ambas as raças se encontraram por muito tempo na natureza e surgiu uma nova e espécie de gato, totalmente única: o Bobtail das Curilas. Eles têm a cauda curta, focinho "siberiano" e pelagem fofa, que os protege da geada e dos ventos.

2. Só chegou ao continente no final do século 20

Ninguém jamais havia pensado antes que alguma raça estranha de gato vivesse nas Ilhas Curilas. Eles só ganharam atenção nos anos 1980 depois que pesquisadores soviéticos decidiram levar consigo de volta para casa alguns gatos selvagens de Kunashir e Iturup e mostrá-los a especialistas.

Naquela época, a felinologia tinha acabado de se iniciar na URSS e no início eles eram confundidos com bobtails japoneses, mas se mostraram muito diferentes, tanto na aparência, quanto em caráter.

Em 1991 a felinologista Olga Mirônova, de Moscou, descreveu o padrão da raça, que foi primeiro aprovado na União Soviética e, depois, em 1994, pela Associação Mundial de Gatos. Desde então, centenas de gatos da raça surgiram, a maioria deles em Moscou.

3. Tem vários tipos de caudas curtas

Nos gatos, a cauda serve como uma espécie de dispositivo de direção, graças ao qual eles mantêm o equilíbrio. Mas estes gatos especificamente desenvolveram as habilidades de suas patas traseiras devido à ausência de cauda - se olharmos de perto, vemos que suas pernas são muito mais maciças e poderosas que as dos gatos de cauda longa.

Ao mesmo tempo, o comprimento dos seus "pompons" pode variar, chegando a até 12 centímetros. Eles também variam na forma - alguns são arredondados, outros, em espiral e outros ainda, retos.

4. Tem caráter muito amigável

Embora sejam verdadeiros predadores, estes gatos são muito sociáveis e amam os humanos, especialmente as crianças. 

"Quando escolhi um gato, eu queria que ele tivesse uma boa imunidade, que se desse bem com as crianças e fosse ativo, que pudesse brincar, e não dormir o dia todo", diz a moscovita Maria, dona do Abrikós (Damasco), de um ano de idade.

Ela é fã da raça, e este já é o terceiro Bobtail das Curilas na família. "Estes gatos não são agressivos com crianças pequenas e as deixam acaricia-los ", diz.

Segundo Maria, os Bobtails das Curilas são geralmente muito sociáveis, querem brincar pelo menos duas vezes por dia, até mesmo depois de adultos, e é preciso estar pronto para isso.

Os machos, aliás, pesam cerca de 50% mais que as fêmeas - eles têm mais de 7 kg. Quando são animais domésticos, eles vivem entre 15 e 20 anos. Eles têm boa saúde, como a maioria dos gatos aborígenes.

5. Ainda podem ser encontrados na natureza

Hoje, todos os filhotes de gatos Bobtail das Curilas são criados em viveiros de acordo com os padrões de raça. Eles podem ter pelos curtos, semi-longos, e de várias cores.

A variação mais antiga e mais popular é a "selvagem", de pelos semi-longos cor de tigre. Além disso, todos os tipos de cores marmorizadas (por exemplo, a cor do gato Abrikós é chamada de "mármore vermelho"), cores esfumaçadas e manchadas são amplamente difundidas.

Pelos padrões da raça não se reconhecem gatos com pelagem “color point”, pois a reprodução cruzada desta raça com outras cores é proibida.

Estes gatos ainda habitam a natureza das ilhas Curilas e também da vizinha península do Kamchatka. Diferentemente de muitos outros gatos, o Bobtail das Curilas não tem medo da água. Eles vivem em grupos, e não em isolamento.

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