Argentina aprova vacina russa de dose única Sputnik Light 

Reuters
Imunizante pode ser usado de forma independente ou como dose de reforço. Combinação com outros fabricantes produz maiores níveis de anticorpos, segundo estudo.

O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, o fundo soberano da Rússia) anunciou na última segunda-feira (6) que a vacina russa de dose única Sputnik Light contra o coronavírus foi aprovada pelo Ministério da Saúde da Argentina para uso autônomo e dose de reforço.

A Sputnik Light é baseada no sorotipo 26 do adenovírus humano, que é o primeiro componente da vacina Sputnik V. Demonstrou eficácia entre 78,6 e 83,7% entre os idosos, segundo confirmado pelo Ministério da Saúde de Buenos Aires.

Um estudo na Argentina sobre regimes heterogêneos combinando Sputnik Light e vacinas produzidas pela AstraZeneca, Sinopharm, Moderna e CanSino, também demonstrou que a Sputnik Light é um eficaz potencializador universal. 

Todas as combinações de “coquetel de vacina” com o imunizante russo forneceram um número mais elevado de anticorpos no 14º dia após a segunda dose quando comparados com regimes homogêneos originais (mesma vacina na primeira e na segunda doses). Não foram registrados eventos adversos graves após a vacinação em nenhum dos ensaios.

No Paraguai, o Ministério da Saúde local concluiu, durante a campanha de vacinação em curso no país, que a Sputnik Light apresenta eficácia de 93,5%.

Uma das vantagens da Sputnik Light apontadas pelos governos é o regime de vacinação única, o que significa facilidade de administração da vacina, e monitoramento e esquema de revacinação mais flexível quando usada como reforço.

Sputnik V desde o início

A Argentina foi um dos primeiros países do mundo a aprovar o uso emergencial da vacina russa Sputnik V, em dezembro de 2020.

Na época, a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (ANMAT) registrou a Sputnik V com base em dados de ensaios clínicos russos sem estudos adicionais na Argentina. O imunizante russo é um dos principais utilizados durante a campanha de vacinação em todo o país latino-americano e teria contribuído para a redução em 35 vezes do número de novos casos de covid-19 durante quatro meses.

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