Os 5 mais audazes aventureiros da Rússia ainda vivos

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Você viajaria pelo mundo descalço? Ou daria a volta no globo de bicicleta? Estes russos malucos provam que nada é impossível!

1. Fiódor Kôniukhov

Nascido em 1951 no litoral do mar de Azóv, Fiódor Kôniukhov é um dos mais famosos aventureiros russos. Formado na Escola Marítima de Odessa, com especialização em navegação e engenharia marítima, ele se empenhou em viajar e descobrir o mundo desde cedo: completou a primeira expedição aos 15 anos de idade, depois de atravessar o Mar de Azóv sozinho em um barco a remo.

Desde então, Kôniukhov participou de mais de 50 expedições – usando desde a vela, remo, ciclismo, esqui e balão de ar quente ao rafting, trekking, trenós puxados por cães e/ou passeios a cavalo e montaria sobre camelos.

Ele foi a primeira e única pessoa no mundo até hoje a alcançar os cinco polos extremos da Terra, a primeira e única pessoa a atravessar o Oceano Pacífico em um barco a em ambas as direções e o primeiro russo a completar o programa “Sete Cúpulas”, escalando o pico mais alto de cada continente.

Entre suas expedições recentes esteve uma aventura a remo entre 2018 e 2019 da Nova Zelândia ao Chile atravessando o oceano Meridional – viagem que estabeleceu diversos recordes mundiais, entre eles o de maior número de dias passados ​​no Oceano Antártico (154 dias) e a maior distância percorrida nos “Vendavais da Latitude 40” e nas “Furiosas Latitudes 50”, com 11.525 quilômetros.

Em 2016, ele também fez um voo de balão solo sem escalas ao redor do mundo, cruzando 35.168 quilômetros em 268 horas e 20 minutos (recorde mundial).

Além de sua vida como aventureiro, ele também é artista, escritor e padre da Igreja Ortodoxa Russa. O viajante também recebeu o Prêmio Global 500 do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) por sua contribuição à proteção ambiental e o Prêmio Fair Play da Unesco.

2. Vladímir Niéssin

Niéssin no Grand Canyon.

Vladímir Niéssin é um viajante russo de 69 anos que já atravessou mais de 146 países. Professor aposentado da arte marcail russa sámbo, Vladímir começou a viajar em 1996 e, desde então, rodou mais de 142 mil quilômetro a pé e descalço - isto sem incluir outras distâncias transpostas com outros meios de transporte, como a carona.

Antes da queda da União Soviética, ele viajou por 15 das repúblicas soviéticas e queria explorar o mundo - o que finalmente fez depois que a fronteira foi aberta na década de 1990.

No Mali.

Em 2018, Vladímir disse em uma entrevista que quase nunca vai ao médico: ele evita temperaturas extremas, mas não tem problemas em sair de casa, desde que esteja os termômetros estejam acima dos 5 graus Celsius negativos. Ele também não sai se estiver muito quente.

Durante suas viagens, ele carrega uma barraca, um saco de dormir, um tapete de viagem, chapéu-coco, fósforos e um pequeno estoque de produtos. Ele também leva uma câmera e usa um telefone celular – mas só para navegação, sem chip.

Ele não tem casa ou carro em seu nome e consegue viajar só com a pensão de 12.000 rublos (US$ 190) por mês. Ele não gasta mais de um dólar por dia quando viaja (um quilo de arroz dura dois dias nas mãos do aposentado) e geralmente gasta só com vistos, conexão móvel etc. Ele viaja tanto que só consegue visitar a Rússia duas ou três vezes por ano.

3. Vladímir Lissênko

Lissênko na Amazônia.

O cientista e explorador russo Vladímir Lissênko é conhecido por seus recordes mundiais em rafting em alta altitude, além de expedições de carro e bicicleta por todo o mundo.

Nascido em 1955, ele se formou na Universidade de Aviação de Kharkiv e seguiu a carreira acadêmica – além de viajar, ele tem um emprego fixo como pesquisador-sênior no filial siberiana da Academia Russa de Ciências, no Instituto de Mecânica Teórica e Aplicada.

No Chile.

Desde os tempos de escola, porém, ele se interessa por esportes e viagens, o que o levou a tentar realizar alguns de seus êxitos mais ousados.

Na década de 1990, Vladímir se tornou o primeiro homem do mundo a descer os 14 picos com mais de 8.000 metros do planeta e, depois, o primeiro a descer os picos mais altos de todos os continentes e da Oceania.

Ele estabeleceu o recorde mundial para a maior diferença de altitude percorrida durante um rafting (4,5 mil metros) e o recorde mundial do Livro Guinness para rafting em alta altitude, iniciando em 5,6 mil metros no leste do rio Rong Chu, no Monte Everest. Assim, ele quebrou o recorde anterior de 5.334 metros, estabelecido em 1976 pela equipe Mike-Jones da Inglaterra.

Entre 1997-2002, Vladímir fez uma turnê de volta ao mundo de carro por 60 países. Ele atravessou todos os continentes (exceto a Antártica) duas vezes, indo e voltando de extremos opostos (de norte a sul e de oeste a leste) transponíveis por carro e percorrendo 140 mil quilômetros no total.

Em 2003, ele seguiu o caminho da Corrida do Ouro de Klondike de 1897 a 1898 a pé e de caiaque. Em 2004, ele desceu ao fundo da mina mais profunda do planeta, localizada na África do Sul (a uma profundidade de 3,5 quilômetros), viajou de carro pela África e pelo Oriente Médio até a Rússia e fez uma série de voos em um balão de ar, atingindo alturas de 11 a 16,5 quilômetros.

Além disso tudo, ele também deu a volta na Terra de bicicleta (atravessando 29 países) em 2006 e fez uma volta ao mundo ao longo do equador (de carro, barco a motor, iate, navio, caiaque, bicicleta e a pé), que levou ele 260 dias entre 2004 e 2012.

Ele também visitou todos os 195 países membros da ONU, entre eles, membros e observadores.

4. Vladisláv Ketov

Este viajante e pintor russo proveniente de São Petersburgo é famoso por realizar uma aventura de 21 anos, durante os quais percorreu o mundo de bicicleta ao longo da costa dos quatro continentes.

Ele iniciou a viagem em maio de 1991 e atravessou 169 mil quilômetros e 96 países, entre eles, zonas de conflito militar e outros lugares difíceis de atravessar. Ketov foi a primeira pessoa a viajar sem qualquer tipo de patrocínio pela Europa, África, Ásia e Américas, inclusive através de desertos e montanhas.

Em 1995, ele recebeu o status de “Globetrotter do Pnuma” da ONU pela abordagem ecológica que confere às viagens. Durante essas, que concluiu em 2012, ele tirou mais de 30 mil fotos, gravou mais de 120 fitas de áudio e mapas de rotas, além de pintar centenas de retratos de habitantes locais.

5. Nikolai Litau

Nascido em 1955, Nikolai Litau é um iatista russo, vencedor de quatro prestigiados prêmios internacionais de iatismo e membro da Sociedade Geográfica Russa. Ele está envolvido com iates desde 1987, participando de regatas e viagens ao exterior.

No Kamtchátka.

Entre 1993 e 1996, ele construiu seu próprio iate, o “Apostol Andrêi”, e depois realizou três viagens ao redor do mundo nele.

Em 1996 e 2006, o “Apostol Andrêi” viajou mais de 110 mil milhas marítimas, visitando todos os continentes do planeta, atravessando todos os oceanos e estabelecendo cinco novos recordes mundiais. Em 2007, ele foi nomeado como “Lenda do iatismo” em Moscou.

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