Esportista corre 50 km na cidade mais gelada do mundo em prol de menina com paralisia cerebral

Estilo de vida
IGOR ROZIN
Moldávio enfrentou 67 graus Celsius negativos em Oimiakon, na Rússia, para chamar atenção a campanha de arrecadação para tratamento da garota.

Na última segunda-feira (14), o atleta Dmítri Volochin, da Moldávia, não estava nem aí para o pior que a Mãe Natureza poderia reservar: correu 50 km no lugar mais frio do mundo, Oimiakon, na Iakútia, onde os termômetros marcam cerca de 60 graus Celsius negativos durante o inverno.

E isto são os termos exatos do termômetro, pois a chamada sensação térmica alcançou, durante sua corrida, os 67 graus Celsius negativos – se é que alguém pode sequer imaginar o que é isto!

Ele foi a primeira pessoa do mundo a percorrer esta distância sob condições tão severas sem equipe de apoio ou assistência médica. Dmítri completou o percurso em seis horas, correndo em nome do projeto de caridade "Unfrozen", que arrecada dinheiro para uma menina com paralisia cerebral.

“Foi a prova mais dura da minha carreira esportiva. Foi como sair para o espaço sideral, um frio horrível de faltar o ar! Nenhum equipamento pode protegê-lo deste frio. Espero não ter causado uma ulceração pelo frio no rosto durante a corrida. Foi muito difícil respirar, o oxigênio no ar era muito pouco e a máscara ficou obstruída com o gelo. Caiu bem nessa situação minha experiência com mergulho livre tipo ‘freedive’ para segurar a respiração”, contou Dmítri.

A história de contos de fadas de Volochin, assim como a da garotinha doente, Eva Pismeniuk, de Quichinau, capital romena, pode ser conferida no blogue do esportista em inglês (assim como em russo e romeno). Ali também é possível fazer doações a Eva.

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