Os Tabasarans, que vivem no Daguestão, são a única etnia na Rússia que perpetua uma forma de arte tradicional: a tecelagem de tapetes.
Nikolay Rykov, Dmitry Chistoprudov
Antigamente, os tapetes não eram tão ornamentados como agora nem eram muito usados para decorar quartos.
Os povos nômades que habitavam os países orientais os costumavam fazê-los como um objeto prático para ajudar a manter suas casas aquecidas, além de serem fáceis de transportar e permaneceram intactos por anos.
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Com o tempo, os tapetes começaram a incluir padrões mais complexos e elegantes, e seu grau de conservação era uma marca do status do proprietário.
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Nas famílias mais pobres, tapetes do tipo sumagre sem fiapos cobriam o chão. Já as famílias mais ricas, empilhavam tapetes pesados sobre os pisos. Hoje em dia, os tapetes são obrigatórios em todas as casas do Daguestão.
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Os tapetes são feitos em quase todas as casas da região. Quando não estão à venda, são feitos para uso na própria casa.
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No lar abaixo, por exemplo, cinco mulheres estão terminando de tecer um grande tapete. Por incrível que pareça, eles vêm trabalhando nessa peça por mais de seis meses.
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Para fazer um tapete, é preciso antes de uma base.
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Novelos de algodão densos são enrolados em volta de molduras paralelas. Várias mulheres sentam-se à máquina e começam o trabalho principal.
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Usando um gancho especial, fazem um nó com fios de lã coloridos ao redor de cada segmento. Esses mestres trabalham em um ritmo de tirar o fôlego.
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Quando uma fileira termina, eles a pressionam usando um pente pesado. Extremidades irregulares são cortadas usando uma tesoura grande.
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Para garantir que não cometerão erros, as mulheres verificam um padrão em uma espécie de colinha. As tecelãs mais experientes, porém, conhecem o padrão de cor.
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Tapetes feitos de lã usando colorantes naturais são considerados os mais valiosos. O conhecimento para saber como obter uma ou outra cor foram passados de geração para geração. Cores diferentes podem ser feitas usando plantas, minerais ou insetos.
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Na imagem acima, as mulheres terminaram o trabalho.
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Depois de uma delas cortar os fiapos, elas cerimoniosamente levam o tapete pronto para o pátio.
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O objeto deverá agora ser enviado a seu dono – e cabe lembrar que ele ou ela, e provavelmente seus filhos, serão capazes de desfrutá-lo por não menos que 300 anos.
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O domínio da tecelagem de tapetes é tradicionalmente passado de uma geração para outra, e as meninas começam a ver as mães trabalhando desde cedo.
Nas famílias Tabasaran, as mulheres eram as principais provedoras da família, uma vez que ganhavam mais dinheiro do que os homens.