Todos já viram as membros do Pussy Riot em suas balaclavas multicoloridas, mas ninguém esperava que o “facekini” atraísse ninguém, exceto roqueiros, esquiadores e forças especiais.
Quando a peça de vestimenta despontou na cena da moda em 2018, parecia algo insano (e ainda soa assim para muitos). Mas a tendência encontrou um fã clube.
A jovem estilista Alina Iessenina, de São Petersburgo, apresentou um novo catálogo dedicado a balaclavas e outros acessórios que acompanham a última moda das ruas.
Iessenina produziu coleções femininas antes, mas havia apresentado exclusivamente em homens.
Modelos masculinos usavam chapéus cor-de-rosa, posavam em vestidos femininos e despiam-se para a câmera.
“As pessoas têm o direito de vestir o que quiserem. A genderização das roupas é um conceito arcaico. Infelizmente, pessoas ainda sofrem abuso verbal ou físico com base na cor do cabelo ou por usar coisas ‘erradas’”, conta a estilista.
Para o seu mais recente projeto, Iessenina decidiu fazer algo diferente dos lançamentos anteriores.
O resultado é uma coleção iconoclasta em que um modelo tatuado com as palavras “futuro brilhante” está vestindo uma balaclava contra um pano de fundo de iogurtes, e outra modelo em um chapéu que diz “Eu sou a filha de um coronel da FSB” aparece carregando uma cesta com repolhos no mercado.
A sessão foi feita em um mercado de verdade em São Petersburgo. “Foi difícil encontrar um que nos deixasse fazer uma sessão de fotos tão excêntrica”, explica Iessenina.
“Foi arranjado por uma conhecida minha (e futura modelo do catálogo), a bailarina do Hermitage, Alisa Poturaeva”, acrescenta. “Esse foi o começo de uma loucura total, quando não se sabe mais onde está ou o que está fazendo.”
A coleção inclui, entre outras coisas, uma balaclava de penas, um chapéu de pele e adereços para cabeça com flores artificiais.
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