A aldeia de Tsovkra-1 pode ser acessada de carro a partir de Makhatchkalá, a capital do Daguestão, que fica a 1.800 quilômetros de Moscou. A viagem até lá leva cerca de três horas – primeiro pelo asfalto, depois por montanhas sinuosas.
O vilarejo está situado a cerca de 2.000 metros acima do nível do mar. Ao redor da aul (vila fortificada encontrada nas regiões montanhosas do Cáucaso) erguem-se belas montanhas e vistas inspiradoras. Mas isso não é tudo: uma das atrações são os equilibristas locais, já que ali supostamente começou a história do funambulismo.
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Como e quando a caminhada sobre corda bamba foi realizada pela primeira vez na vila não está totalmente claro – nem mesmo os indígenas ou o diretor da escola local conseguem dizer ao certo, mas todos concordam que ocorreu há mais de 200 anos.
Os equilibristas do Daguestão são reconhecidos no mundo inteiro; participam de shows, circos e todo tipo de apresentação. Há quem diga também que a caminhada sobre corda bamba foi praticada pela primeira vez como arte nos tempos de URSS, popularizando-se simultaneamente em vários vilarejos do Daguestão.
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A atividade já foi muito popular na região. A idade não era barreira – tanto jovens como muito velhos se equilibravam sobre a corda. Mas os tempos mudaram e, agora, muitos moradores da aldeia partem para outras áreas do Daguestão, instalando-se em Makhatchkalá. Já não se pode dizer que é um passatempo comum da população.
Poucos jovens frequentam a escola especial de funambulismo, mas, até meados dos anos 1990, tratava-se tanto uma disciplina independente como parte das aulas de educação física. Muitas crianças aprenderam como fazê-lo, e os veteranos se lembram de como não havia um centímetro sequer livre sobre a corda.
Os mais talentosos eram cortejados por companhias de circo. E, se os pais concordassem, a vida de seus filhos e filhas virava de cabeça para baixo: passeios, ensaios e fama mundial.
Hoje, os vilarejos de montanha estão desparecendo, e a própria arte está mal das pernas. No entanto, ainda existem equilibristas, e, nos feriados, o evento sempre atrai uma multidão de espectadores ávidos.
Não há pousadas ou albergues na aldeia, mas é possível encontrar acomodação em casas de família. Por sinal, na hospitaleira Daguestão, os moradores discutem entre si para ver quem receberá o hóspede.
Hoje com casas em ruínas, o vilarejo já teve dias melhores. Mas ainda permanece vivo, e as pessoas de aldeias vizinhas continuam se reunindo em dias de celebração.
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