Polêmica: tatuagens de crimonosos russos nas passarelas de Paris

Estilo de vida
GUEÓRGUI MANÁEV
Para quem quer uma dose do espírito eslavo na vida, a marca francesa de moda Vetements colocou este ingrediente em sua coleção primavera verão 2019. Os modelos vestiram blusões de moletom com palavrões em russo e imagens do roqueiro russo soviético Viktor Tsoi. Algumas peças são camisetas coladas do tipo segunda pele com desenhos de tatuagens associadas ao crime na Rússia.

A coleção foi criada pelo designer Demma Gvasalia, que nasceu na Georgia quando o país ainda era parte da União Soviética. Suas criações descompromissadas foram bem recebidas pelos fashionistas de Paris mas na Rússia a repercussão não foi tão positiva. Para alguns, a exploração da estética do crime acaba exaltando fraudes, assassinatos e violência. "Na minha cidade, usar algo assim pode fazer com que você seja morto", postou um russo em seu perfil no Instagram.

É fato que em algumas partes da Rússia as pessoas podem ser mal interpretadas por usar determinadas roupas. Se tiverem tatuagens (reais ou não) com símbolos usados por criminosos, a situação fica ainda pior.

Ao descrever sua coleção, Demma Gvasalia disse: "É como um documentário da minha vida. Eu dedico essa coleção ao meu país, à Georgia onde eu cresci com meu irmão Guram nos anos 1990 e à guerra que aconteceu onde vivíamos. Minha intenção foi retratar essa angústia, dor e medo na passarela".

As peças estarão disponíveis para compra no próximo inverno europeu, mas algumas celebridades já foram vistas com roupas da coleção. A modelo russa Natalia Vodianova, por exemplo, escolheu um vestido com animal print de leopardo.  

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