Originalmente, essa expressão era usada quando o gelo nos rios começava a derreter e se movimentar na primavera. No conto ’No rio’, Anton Tchekhov descreve esse momento da seguinte forma: “‘O gelo quebrou!’, gritos são ouvidos no meio de um dia claro de primavera. ‘Gente, o gelo está se movendo!’ O gelo se move suavemente toda primavera, mas, mesmo assim, a deriva do gelo é sempre um evento e o tema do dia.”
Com o passar do tempo, o significado da frase foi se modificando e ela começou a ser usada também em sentido figurado.
No romance ‘As doze cadeiras’, de Ilf e Petrov, o personagem Ostap Bender repete diversas vezes: “O gelo quebrou, cavalheiros do júri!”. No contexto, ele quer dizer que a busca por tesouros escondidos em cadeiras teve algum desenvolvimento. Desse modo, a expressão passou a ser usada quando ocorrem mudanças esperadas ou quando ações aguardadas têm início. Em português brasileiro, seria algo como “agora vai!”.
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