Na obra “O Duelo”, de Aleksandr Kuprin, o comandante do regimento repreende o capitão bêbado Svetovidov e lhe dá mais uma chance, incubindo-o de preparar a companhia para revisão em uma semana. “Pela última vez. Mas, lembre-se, esta é a última vez. Você está me ouvindo? Entalhe no seu nariz vermelho e bêbado.” O que ele quis dizer?
Antigamente, nariz era um quadro ou farrapo especial no qual eram colocadas marcas específicas, assinalando, assim, dívidas, dias da semana, compras etc. — em geral, qualquer coisa que precisasse ser memorizada. Poderíamos dizer que era uma versão antiga de um calendário com lembretes, uma agenda diária e até mesmo uma calculadora. Você olhava para o seu nariz e se lembrava imediatamente.
Muitas vezes, a placa em si era dividida ao meio: metade ficava com o devedor e a outra metade com o credor. À medida que a dívida ia sendo paga, ia se cortando entalhes. Na quitação, as partes eram reunidas, para que o credor soubesse que aquela dívida estava sendo amortizada.
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