Como salvar o relacionamento à distância com um(a) russo(a) durante a pandemia?

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Leitores do Russia Beyond compartilham sugestões para manter um namoro saudável mesmo quando se mora em países diferentes.

Este ano foi um grande desafio para casais que moram em países diferentes. Como manter os sentimentos quando as fronteiras estão fechadas? O Russia Beyond pediu aos leitores que nos contassem o que eles fizeram para salvar seus relacionamentos de longa distância com os russos e russas neste ano – e em geral.

“Deus salve o Skype”

“Conversas sinceras, confiança um no outro. E Deus salve o Skype ”, escreve matadanalu, cujas dicas reverberam entre outros leitores.

“Não tenha ceticismo em relação a relacionamentos de longa distância – pode funcionar se os dois forem pacientes”, afirma Alain B (A1ainb). “Nos falamos por Skype praticamente todo dia, mesmo no horário de trabalho. Minha esposa trabalha como gerente de banco na região de Oremburgo, por isso podia se conectar facilmente a qualquer hora do dia a partir da agência. Nos conhecemos em fevereiro de 2011, seu visto foi aprovado em novembro e ela se mudou para a Noruega em dezembro do mesmo ano. Nos casamos em junho de 2012, [e] ainda somos felizes no casamento.”

Além de reservar um tempo para bate-papo, nossos leitores relembram como conseguiram comemorar aniversários e feriados juntos – as festas virtuais foram a melhor opção possível neste ano.

“Estou totalmente apaixonada pelo meu homem, Andrew, que é cidadão russo, e eu sou americana”, conta Cheryl Goodman. “Na verdade, amanhã vamos comemorar o aniversário dele. Estou organizando uma festa de aniversário virtual para meu namorado. Encomendei um bolo e vou decorar o apartamento para que, quando nos falarmos por videochamada, possamos comemorar o aniversário dele juntos. Assim será até que possamos comemorar juntos no próximo ano, após nos casarmos.”

“Estou na Indonésia e ele está em Kazan agora. Relacionamentos à distância precisam de muito trabalho, compromisso, confiança e, o mais importante, tempo. Parece assustador, mas o amor vence tudo”, escreve Demistriydh. “Era 2018, a primeira vez que nos conhecemos. Ambos fizemos mestrado em uma universidade de Sydney [Austrália]. Ele me pediu em casamento dois meses depois de começarmos a namorar. Alguns meses depois, ele e sua família vieram à Indonésia para me propor casamento de acordo com os valores culturais do povo indonésio e na frente de meus pais, parentes e amigos. Então, estamos juntos há quase três anos, um ano juntos em Sydney, e quase dois anos de relacionamento à distância entre a Indonésia e a Rússia. Meu noivo me mostrou que um relacionamento à distância é possível.”

Namoro durante viagens

Antes da pandemia, uma das principais opções para casais de diferentes países era encontrar-se durante as férias em um terceiro país.

“Nós nos encontramos pela primeira vez em Berlim, no início de 2014. Eu queria aprender russo, ela queria melhorar seu inglês”, escreve Stevenxon. “Depois disso, para manter contato, nos víamos todos os meses, começando por Nice, Budapeste, Maiorca, Riga, Bruxelas, Amsterdã, ela veio até mim na Suíça, eu fui até ela em Moscou. Isso até 2016, quando ela decidiu se mudar para a Itália para fazer um mestrado e ficar perto de mim. E aqui estamos, planejando uma família juntos. Somos parceiros desde a primeira vista enquanto viajávamos pela Europa.”

Além disso, neste ano também surgiu um movimento intitulado #LoveIsNotTourism (#AmorNãoÉTurismo, em tradução livre), que contribuiu para reunir casais separados (ainda que não casados) por fronteiras internacionais. No entanto, os países participantes, que abriram exceções às restrições de viagem, ​​estão situados sobretudo na Europa, sem a participação da Rússia. A iniciativa prevê, contudo, que as pessoas realizem testes de covid e permaneçam em quarentena, entre outras restrições.

“Casei-me com o amor da minha vida em Tiumen [Sibéria] em maio de 2019. Desde então, viajo de um lado para o outro entre Grande Sudbury, Ontário, Canadá a cada 3 meses, usando vistos diferentes”, escreve Daniel de Chevigny. “No momento, estou esperando meu próximo visto e devo voltar para ela, meus dois enteados e nosso filho em breve. Tem sido extremamente difícil programar voos, mas tenho tido sorte.”

Quebrando o cofrinho

“Sofríamos muito por causa da conexão de internet fraca que fazia com que o Skype funcionasse mal, e não conseguíamos nos ver”, escreve e.vinstory, que nasceu na Malásia e se casou com um russo da Sibéria. “Fazer chamadas por VOIP era uma opção mais barata e permitia conversas mais longas apenas para ouvir a voz dele.” Segundo ela, o casal tinha sorte de a diferença entre fusos horários não ser tão grande. “Eu teria provavelmente uma Ferrari se pudesse gastar voando várias vezes de Jacarta a Novosibirsk. Isso era a coisa mais dolorosa, mas valia a pena quando nos encontrávamos depois de tanto tempo.” Hoje estão casados ​​e moram em Novosibirsk.

Os relacionamentos à distância podem ser, de fato, bastante onerosos, mas os leitores concordam que passar um tempo juntos é mais importante do que dinheiro.

“Minha nora russa é maravilhosa. Temos uma linda neta também. A pior parte é estarmos separados”, diz Donna Nicoll. “Meu filho mora na Austrália e eles na Rússia. O governo australiano dificulta a obtenção de vistos! Mesmo antes da covid! É uma estrada longa, difícil e cara. Me comovo por não vê-los há mais de um ano.”

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