Segundo a agência de notícias russa RIA Nôvosti, em 2023 a Rússia exportou trigo e mistura de trigo com centeio — enquanto, no mesmo período de 2022, o país sul-americano não comprou grãos russos. Anteriormente, a Rússia só exportou uma quantidade significativa de grãos ao Brasil em 2010 — nos primeiros sete meses daquele ano, foram apenas US$ 5,6 milhões em exportações russas de grãos ao Brasil. O Brasil também comprou grãos da Rússia em 2013, 2014 e 2019.
Segundo o jornal russo Vedomosti, em 2023 a Argentina voltou a encabeçar a lista de maiores exportadores de grãos ao Brasil, fornecendo-lhe 2 milhões de toneladas de grãos no valor de US$ 736,3 milhões, seguida pelo Paraguai (886 mil toneladas, US$ 290 milhões) e Uruguai (544 mil toneladas, US$ 211 milhões). O quinto lugar foi ocupado pelos Estados Unidos, que também aumentaram a oferta em 170%, chegando a 80 mil toneladas (US$ 20,85 milhões).
No final de agosto, os analistas da empresa francesa Agritel publicaram uma pesquisa que mostra que a Rússia continuará a dominar o mercado de grãos entre 2023 e 2024. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos publicadas em agosto, a produção global de trigo diminuirá devido a um declínio na produção do Canadá e da Europa.
Assim, as exportações e os estoques mundiais continuarão a diminuir. Segundo a Agritel, neste contexto, a Rússia reforçará sua posição como principal fornecedor mundial, com uma capacidade de exportação de 49 milhões de toneladas de trigo — correspondente à média dos últimos cinco anos.
LEIA TAMBÉM: Importações de diesel russo pelo Brasil aumentaram quase 10 vezes em relação a 2022
O Russia Beyond está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br