A demanda por ostras no mercado russo deve chegar a quase 5.000 toneladas em 2022 e, segundo analistas do Centro de Especialistas Setoriais (CES) do Rosselkhozbank, a produção nacional tem capacidade de cobrir integralmente a demanda interna.
Na última década, o setor apresentou um boom. Em 2013, a Rússia produziu apenas 2 toneladas de ostras; oito anos depois, em 2021, o volume aumentou para 4.600 toneladas.
No ano passado, o país precisou importar mais de 400 toneladas de ostras, sobretudo do Marrocos, da Nova Zelândia e do Japão, mas a parcela da produção nacional no mercado doméstico já era superior a 90%.
“A produção de ostras em larga escala na Rússia só começou em 2014, na região de Krasnodar. Agora, a geografia da aquicultura dessas iguarias do mar se espalhou por todo o território costeiro do país: da costa do Mar Negro a Primorie [no Extremo Oriente russo]”, disse Andrei Dalnov, diretor do CES, durante o recente Fórum Econômico Oriental.
O crescimento explosivo, segundo ele, está relacionado ao aumento do interesse público nesse subsetor, o apoio governamental e financeiro à piscicultura e às atividades pesqueiras, a melhoria da legislação nesta área, bem como pesquisa subsidiada e atividades de institutos do setor. Além disso, a demanda por produtos marinhos nacionais aumentou. Isso tudo tornou-se uma força motriz para lançar projetos de investimento ativo na criação de mariscos.
De acordo com dados da Rosribolovstvo, a agência federal de pescas, a esmagadora maioria da produção de ostras russa ocorre em Primorie, com 4.200 toneladas em 2021 (um aumento de 84% em apenas dois anos). Nesta região, na fronteira com Japão, China e Coreia, existem 120 empresas especializadas que exploram mais de 300 parcelas de cultivo.
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