Em novembro, o governo russo exibiu ativamente o potencial de investimentos do país pela Europa. Primeiro, em Milão, na Itália, onde os parceiros italianos demonstraram interesse em investir na produção de queijos na região federativa de Moscou. Depois, em Viena, onde o governo da Baixa Áustria estudava a possibilidade de participar da modernização dos aeroportos internacionais na capital russa.
Esses encontros se realizam enquanto ocorre uma significativa desaceleração do investimento estrangeiro na Rússia: em 23 de novembro, o Banco Central da Rússia publicou uma análise dos investimentos estrangeiros diretos no primeiro semestre de 2018 - e os resultados são decepcionantes.
No primeiro semestre do ano, as empresas estrangeiras injetaram US$ 10,2 bilhões no país, contra os US$ 18,2 bilhões do mesmo período em 2017.
Apesar da queda, o governo russo continua a tentar incrementar a cooperação com os investidores já presentes no mercado.
O Russia Beyond lista aqui as sete maiores multinacionais que continuam a investir na economia russa, apesar das sanções e restrições financeiras:
1. Total
A Total Vostok, subsidiária da petrolífera francesa Total, abriu uma nova fábrica na região de Kaluga, no sul da Rússia. Ela produzirá e misturará óleos para motores e lubrificantes que serão vendidos nos mercados russo, bielorrusso e asiático.
Investindo US$ 50 milhões no projeto, a empresa busca fortalecer e aumentar sua influência na região, que se tornou um mercado estrategicamente importante para a Total.
"Além de nossas atividades na produção de hidrocarbonetos, vemos a Rússia como um dos mercados mais proprietários e em crescimento", diz o diretor da Total, Patrick Pouyanné.
2. FM Logistic
Em maio, durante o Fórum Econômico de São Petersburgo, a empresa francesa FM Logistic assinou um acordo de investimentos de US$ 37,3 milhões para a construção de um grande complexo de logística no aeroporto de Platov, na região de Rostov, no sul da Rússia.
A empresa já comprou o território, examinou a engenharia do projeto, recebeu todas as permissões e aprovações necessárias e espera concluir o projeto até o final de 2019.
3. Grupo SBI
Neste ano, a japonesa SBI Holdings, proprietária do banco SBI, baseado na Rússia, anunciou ter planos de se unir a um consórcio de investidores de outro banco, o Sovcombank, e continuar investindo no Simple Finance, uma plataforma de microempréstimos on-line para pequenas e médias empresas.
Com os US$ 15 milhões que serão injetados na economia russa neste ano, a participação total da SBI será de quase US$ 50 milhões.
4. Rockwool
O fabricante holandês de produtos de lã mineral Rockwool Group investiu US$ 7,5 milhões em sua nova fábrica, na República do Tatarstão, na Rússia central. Ela produzirá substrato Grodan para o cultivo de hortaliças e flores.
“Estamos orgulhosos de nossa forte posição e rápido crescimento na Rússia. No futuro, pretendemos prestar auxílio aos produtores locais. O Tartarstão é um exemplo de ouro de implementação de tecnologias avançadas e novas soluções”, disse Thomas Keller, vice-presidente sênior da Rockwool International.
5. Barilla
Em outubro, a companhia italiana de massas Barilla anunciou planos de construir uma nova fábrica na região federativa de Moscou. Após negociações entre os governos de Moscou e de Milão, a empresa concordou em investir US$ 170 milhões no projeto, criando 400 empregos. A Barilla já tem duas linhas de produção de massas perto da capital russa, que custaram mais de US $ 45,5 milhões.
6. ANAS
A empresa estatal de gerenciamento de rodovias ANAS é outra empresa italiana que continua suas atividades na Rússia. A ANAS participou da reconstrução da rodovia M4 “Don” que liga Moscou a Rostov-no-Don e, em outubro, decidiu realizar novos investimentos conjuntos em estradas russas.
A empresa assinou um acordo com o Fundo dos Investimentos Diretos da Rússia para cooperação em vários projetos, incluindo a construção de uma estrada de quase 750 km que ligará Moscou a Níjni Nôvgorod e Kazan e fará parte da rota de transporte internacional Europa-China Ocidental. O volume total de investimentos no projeto é estimado em US$ 8 bilhões, mas o valor da participação da ANAS é desconhecida.
7. Doppelmayr
Em outubro, a empresa suíço-austríaca Doppelmayr, considerada líder mundial na fabricação de teleféricos e dispositivos mecânicos de elevação, confirmou que construirá o primeiro teleférico D-Line na cidade de Sôtchi. O projeto deverá ser concluído até a temporada de inverno de 2019-2020 e exigirá mais de US$ 15 milhões de investimento.
Além disso, a Doppelmayr poderá participar de um projeto em Kamtchatka e construir um novo sistema de teleféricos em Moscou junto com a alemã BPS International, investindo US$ 58,6 milhões no projeto.
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