O Brasil pediu que a Rússia suspenda a proibição sobre a importação de carne bovina e suína brasileira, introduzida em 1 de dezembro de 2017, segundo anunciou na última segunda-feira (8) o embaixador do Brasil em Moscou, Antonio Salgado, durante o encontro com o diretor do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), Serguêi Dankvert.
Segundo Dankvert, serviço estudará com atenção os novos dados sobre os frigoríficos brasileiros e avaliará a capacidade dos fabricantes em cumprir com os requisitos da legislação russa.
Após a análise, os dois países iniciarão as negociações com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, segundo o diretor do Rosselkhoznadzor.
Além disso, Dankvert afirmou que ainda existe uma significativa disparidade no comércio bilateral entre a Federação Russa e o Brasil. Assim, as exportações brasileiras para a Rússia, em 30 de setembro de 2018, são estimadas em mais de US$ 1 bilhão, enquanto os fornecimentos russos não excedem os US$ 5,3 milhões.
O desequilíbrio poderia ser reduzido pelo aumento das importações brasileiras de peixes e grãos russos, segundo Dankvert.
A Rússia proibiu o fornecimento de carne suína e bovina do Brasil em 1 de dezembro de 2017, devido à repetida detecção do hormônio ractopamina, substância usada como suplemento alimentar para acelerar o crescimento de animais, sobretudo de sua massa muscular, e reduzir os custos de produção.
A medida segue a legislação russa, que proíbe o uso de ractopamina e outros estimulantes para crescimento e engorda de animais, bem como a importação de produtos que contenham essas substâncias.
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