Enquanto Índia já recebeu US$ 1,415 bilhão do banco, ao Brasil foram dispensados apenas US$ 300 milhões.
ZUMA Press/Global Look PressDurante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo SPIEF-2018, o presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NBD), Kundapur Vaman Kamath, declarou que o conselho de administração do banco aprovará novos empréstimos para os países-membros do grupo no próximo mês.
“Na Rússia, pretendemos investir na construção de infraestrutura para o fornecimento de água limpa a aldeias remotas na região do rio Volga e na restauração de cidades históricas em todas as regiões do país. O valor do empréstimo para esses projetos será de cerca de US$ 500 milhões”, disse Kamath.
“Nos próximos anos, vamos aumentar o volume total de todos os empréstimos, chegando aos US$ 8 bilhões (...) e começaremos a emitir empréstimos não garantidos”, disse. Os primeiros países a receber tais empréstimos serão o Brasil e a África do Sul, segundo ele.
Até o momento, o banco emitiu apenas 13 empréstimos: quatro para a Índia (US$ 1,415 bilhão), quatro para a China (US$ 879 milhões), três para a Rússia (US$ 628 milhões), um para o Brasil (US$ 300 milhões) e um para a África do Sul (US$ 180 milhões).
Segundo Kamath, a principal razão das disparidades isso é que "a Índia e a China têm condições econômicas claras e projetos bem elaborados".
"Em outros países, incluindo a Rússia, tivemos que gastar muito tempo para descobrir a que níveis é preciso negociar os empréstimos”, disse Kamath.
O presidente do NBD também comentou ao jornal russo Kommersant sobre o empréstimo mais fora do comum emitido pelo banco: de US$ 460 milhões destinados ao governo russo para a realização de um projeto de apoio ao sistema judicial russo.
“Os investimentos na modernização do sistema judicial russo são um projeto muito interessante, cujo efeito é incrível (...) Devido a nossos empréstimos, será mais fácil [à Rússia] alcançar Justiça. Para nós o projeto é um grande passo rumo a um novo patamar”, disse Kamath ao jornal Kommersant.
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