Brasil pode ter ajuda russa na construção de Angra-3

Diretor de projetos da Eletronuclear: "Há interesse mútuo, o desejo de concluir em conjunto esse projeto, e estamos negociando esse assunto há um tempo"

Diretor de projetos da Eletronuclear: "Há interesse mútuo, o desejo de concluir em conjunto esse projeto, e estamos negociando esse assunto há um tempo"

AFP
Eletronuclear fala até mesmo em financiamento russo, com esperanças de chegar a um acordo e finalizar usina.

A empresa energética brasileira Eletronuclear espera chegar a um acordo com a Rússia sobre uma cooperação na construção da terceira usina nuclear de Angra, a Angra-3 que eve ocorrer até o final deste ano, segundo o diretor do departamento de desenvolvimento de novos projetos da Eletronuclear, Marcelo Gomes.

A construção da Angra-3, com potência de 1350 MW, começou em 1984, mas foi paralisada no final do anos 1980.

Segundo Gomes, a Rosatom (Corporação Estatal de Energia Atômica da Rússia) poderia ajudar o Brasil a concluir a construção da usina.

"Há interesse mútuo, o desejo de concluir em conjunto esse projeto, e estamos negociando esse assunto há um tempo", disse Gomes à agência russa Tass.

“Não estamos falando sobre o uso de tecnologias russas, que não podem ser aplicadas no projeto Angra-3. A Rosatom pode nos ajudar com a sua experiência de construção, coordenação dos projetos, controle sobre as obras e fornecimento de algumas partes faltantes”, completou.

Segundo ele, a Rosatom poderia entrar no projeto com o financiamento que falta e com os serviços de fornecimento de equipamentos necessários para concluir a construção.

"Queremos chegar a um acordo e determinar suas condições até o final deste ano. Esses projetos internacionais nunca são fáceis e levam tempo, mas esperamos retomar os trabalhos no próximo ano e completar a construção da usina até janeiro de 2024", completou.

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