Como tapetes ajudam a estudar a história soviética

O tradicional ofício de tecelagem de tapetes se transformou em propaganda de novos ideais durante a era soviética. As façanhas e a vida cotidiana do povo eram celebradas não apenas em relatórios, mas também em pinturas.

O tapete “Corrida de Cavalo”, por exemplo, é baseado em uma história real. Em 1935, fazendeiros coletivos turcomanos decidiram fazer uma marcha forçada de Asgabate a Moscou. Um grupo de 30 pessoas em cavalos Akhal-Teke e Iomud percorreu 4.300 quilômetros. A rota passou pelo deserto de Karakum, o Platô de Ustyurt e as estepes do Volga. A jornada levou 84 dias — um recorde para uma jornada tão longa.

Hoje, muitos desses tapetes podem ser usados para estudar a história da construção da URSS. Por exemplo, como a Sibéria se desenvolveu, como novas rodovias ou mesmo cidades inteiras foram erguidas.

Neste tapete em tons de azul escuro, chamado ‘Luzes de Construção’, é possível ver silhuetas de fábricas e usinas, linhas de energia, carrinhos com minério extraído e tanques circulando.

Já o tapete ‘Moscou está em construção’, é como um poema sobre as mudanças da capital soviética na década de 1960. Pode-se ver o Kremlin, o Teatro Bolshoi, o Monumento aos Conquistadores do Espaço, as estações de metrô e modernos arranha-céus crescendo em novas áreas da cidade.

‘Petróleo’

‘Colheita de frutas’

Há também tapetes dedicados ao espaço.

Sobre a façanha dos papaninitas na estação polar à deriva.

Tapetes encantadores também foram tecidos para crianças.

Algumas dessas tapeçarias parecem pinturas ou afrescos.

Diversas peças ficaram expostas na mostra ‘Tapete de Histórias. Histórias da arte em tapete soviética’, realizada este ano no Museu de Artes Decorativas e Aplicadas de Toda a Rússia.

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