Este antigo ícone milagroso deixou a Rússia em 1920, poucos anos após a Revolução Russa. A obra foi levada por padres que fugiram dos bolcheviques durante a Guerra Civil. Durante muito tempo, o ícone foi mantido em Belgrado, na Sérvia, mas, desde 1950, seu lar é Nova York, mais especificamente a principal catedral da Igreja Ortodoxa Russa no Exterior.
Poucos artistas russos tiveram a honra de ser representados na Galeria degli Uffizi, que abriga as obras dos mestres do Renascimento. Em 1873, aconteceu uma exposição de Aivazôvski em Florença e, pouco tempo depois, o artista recebeu uma oferta para pintar um autorretrato para a Galeria degli Uffizi.
Desde os tempos antigos, o museu italiano conta com um acervo de autorretratos de artistas, uma tradição iniciada pelo cardeal Leopoldo Médici, que comprou o acervo da Academia Romana de São Lucas.
Mais tarde, em sinal de reconhecimento de méritos, a galeria começou a encomendar autorretratos de artistas proeminentes. Ivan Aivazôvski se tornou o terceiro russo a receber o pedido de criar um autorretrato para a galeria, após Orest Kiprénski e Karl Briullov.
“Cesta de Flores” (1901)
Royal Collection, Londres, Reino UnidoA coleção da Coroa Britânica inclui muitos itens de arte russa: ícones, pinturas, retratos, gráficos, vasos de malaquita de Peterhof e muitos outros. Entre eles estão peças da empresa Fabergé.
“Mosaico” (1914)
Royal Collection, Londres, Reino UnidoPor exemplo, estes ovos de Páscoa com surpresas que o último imperador Nicolau 2º encomendou ao joalheiro para sua esposa Alexandra Feodorovna.
Em 1900, a capital da República Tcheca sediou uma exposição da Sociedade de Exposições Itinerantes de Obras de Artistas Russos (mais conhecida como os Itinerantes), durante a qual o público conheceu as obras de um dos maiores artistas russos, Iliá Répin. Após a revolução, Praga se tornou um dos centros da emigração russa, e exposições do artista realista se tornaram frequentes. Este autorretrato acabou na coleção da Galeria Nacional.
Em 1966, esta coroa foi comprada em um leilão da Sotheby’s por Marjorie Merriweather Post, esposa do ex-embaixador norte-americano na URSS. Ela começou a colecionar arte russa ainda na década de 1930, enquanto morava em Moscou. Post adquiriu um grande número de itens da Rússia tsarista. Na década de 1960, ela transferiu toda a sua extensa coleção de antiguidades para a sua propriedade em Hillwood, perto de Washington, que depois se tornou um dos maiores museus da antiguidade russa nos Estados Unidos. Ali pode-se ver porcelanas, pinturas, joias e ovos Fabergé.
Quando o governo soviético declarou a pintura de vanguarda como formalismo, a demanda por esse tipo de arte no exterior começou a crescer drasticamente. Malevich criou a composição suprematista “Branco sobre branco”, também conhecida como “Quadrado Branco”, após o seu famoso “Quadrado Negro”. Muitos dos seus trabalhos estão hoje em museus fora da Rússia. No Museu de Arte Moderna de Nova York, por exemplo, os visitantes podem encontrar diversas obras de Malevich e de outros artistas icônicos da vanguarda russa, como Kandinsky, Goncharova e Chagall.
“Aniversário” (1915)
MoMANo Museu de Arte Moderna de Nova York você também pode encontrar essas duas obras do artista judeu que nasceu em Vitebsk, no Império Russo, mas depois se mudou para a França.
“Eu e a Aldeia” (1911)
MoMAAs obras abstratas de Kandinsky podem ser encontradas em Nova York, Paris, Moscou e Berlim, mas a maior coleção de suas pinturas está na Galeria Municipal de Lenbachhaus, em Munique. Esta galeria tem obras de todos os artistas do grupo Der Blaue Reiter (“O Cavaleiro Azul”), fundado por Kandinsky. Munique foi uma cidade especial para o artista, ele estudou na Academia de Artes e viveu por muitos anos nessa cidade.
Uma das obras mais famosas de Kandinsky está nos Estados Unidos. Guggenheim era um grande fã da vanguarda, por isso sua coleção inclui muitas obras de Kandinsky, Malevich e outros modernistas russos.
Os britânicos têm um amor especial pela vanguarda russa. A Galeria Tate possui uma grande coleção de experiências artísticas do início do século 20, incluindo pinturas de Natalia Goncharova e seu marido Mikhail Larionov.
Nicholas Roerich ‘Madonna of Oriflamma’ (1932)
Roerich Museum em Nova YorkEm Manhattan há um museu inteiro dedicado às obras desse artista russo místico. A maioria dos quadros retrata o Himalaia, mas também há paisagens russas e obras religiosas e filosóficas, como “Madonna Oriflamme” (1932).
O Centro Pompidou em Paris tem uma enorme coleção de arte russa, porque a capital francesa sempre foi um dos principais destinos dos artistas imigrantes russos. Além das obras-primas de vanguarda, o museu também possui a maior coleção de arte contemporânea russa fora do país.
Em 2016, a Fundação Potânin, que pertence ao oligarca russo Vladímir Potânin, doou mais de 300 obras das décadas de 1950 a 2000 à galeria francesa, incluindo esta emblemática de Eric Bulatov.
Artista de vanguarda e arquiteto, El Lissitzky viveu toda a sua vida na Rússia e na URSS. Sua obra “ Construtor. Autorretrato” entrou na coleção de Nikolai Khardjiev, que foi levada para o exterior. Assim, essa obra acabou no Museu de Amsterdã, junto com um grande número de outras obras do artista russo.
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