Paraíso e Inferno na arte russa

Cultura
ALEKSANDRA GÚZEVA
É difícil imaginar como são esses lugares descritos na Bíblia. A maioria mostrava o céu por meio da imagem luminosa de Deus e dos anjos sentados sobre nuvens. Mas a imaginação de muitos artistas também foi estimulada pelo Juízo Final e pelo abismo do Inferno.

Os artistas russos não foram capazes de superar as imagens extraordinárias do Juízo Final de Hieronymus Bosch e Michelangelo, ou o Mapa do Inferno de Dante de Sandro Botticelli. Mas os conceitos de Paraíso celestial e Inferno subterrâneo também foram abordados por pintores de ícones russos e, mais tarde, por artistas realistas e de vanguarda.

Muitos artistas russos pintaram variações sobre temas bíblicos, inclusive para as igrejas ortodoxas. O tema tocou, particularmente, Vassíli Kandínski (ou Kandinsky) e Nikolai Roerich.

Mestre Desconhecido  de Novgorod, “Descida ao Inferno”, final do século 14

Oficina de Andrei Rublev, “A descida ao inferno”, 1425-1427

Oficina de Dionísio, “Descida ao Inferno”, por volta de 1502-1503

Kirill Ulanov (Cornélio), “Descida ao Inferno”, 1713 (ícone do Mosteiro Krivozerski, nas margens do rio Volga)

Ivan Belski, “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, 1779

Fiódor Bruni, “O Juízo Final” (mural na Catedral de Santo Isaac em São Petersburgo), década de 1840

Fiódor Bruni, “O Criador abençoando sua criação” (mural na Catedral de Santo Isaac, São Petersburgo), década de 1840

Mikhail Nesterov, “Adão e Eva”, 1898

Mikhail Nesterov, “A Descida de Cristo ao Inferno”, 1895

Esboço para a iconostase da Catedral do Sangue Derramado, em São Petersburgo.

Mikhail Nesterov, “Ascensão do Senhor”, 1895. Esboço

Viktor Vasnetsov, “A Mãe de Deus”, 1901

Esboço de um mosaico para a Igreja Ortodoxa Russa em Darmstadt, Alemanha

Viktor Vasnetsov, “O Juízo Final”, 1904

Vassíli Kandínski, “Anjo do Juízo Final”, 1911

Vassíli Kandínski, “O Juízo Final”, 1912

Kuzma Petrov-Vodkin, “Expulsão do Paraíso”, 1911

Vladímir Baranov-Rossine, “Adão e Eva”, 1912

Nikolai Roerich, “A descida ao inferno”, 1933.

Nikolai Roerich, “Madonna Laboris”, 1933

Pável Tchelischev, “Fenômenos”, 1938 (primeira parte do tríptico inacabado Inferno, Purgatório, Paraíso)

Marc Chagall, “Paraíso”, 1960

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