Este quadro retrata Pedro cercado pelo patriarca, membros do streltsí (antigo corpo militar russo) e boiardos, que curvam a cabeça ao tsar em sinal de lealdade e reconhecimento de sua autoridade. Em 1689, Pedro tomou o poder da princesa Sofia, que havia sido regente para ele e seu irmão ‘doente’ Ivan.
Em 1693, Pedro chegou a Arkhanguelsk, que no final do século 17 era o principal porto marítimo do país, a única “janela para a Europa”. O tsar ficou maravilhado com a visão de autênticas embarcações marítimas, subiu em seus conveses e estudou cada detalhe. Junto com um comboio de navios estrangeiros, o tsar navegou seu iate 550 km no Mar Branco.
Em 1697 Pedro empreendeu uma grande viagem à Europa. O país onde permaneceu mais tempo foi na Holanda, onde estudou os fundamentos da construção naval.
De volta à Rússia, estabeleceu um estaleiro em Voronej e começou a construir os primeiros navios para a Frota de Azov. O tsar convidou mestres estrangeiros e participou pessoalmente da colocação no mar do navio de 58 canhões Goto Predestination (“Predestinação Divina”), o primeiro encouraçado russo. O objetivo do tsar era o acesso ao Mar Negro.
Para seus ambiciosos planos de reformar a Rússia, Pedro precisava de pessoal qualificado. Ele enviou filhos de famílias nobres para estudar no exterior, principalmente em cursos navais, e depois passou a testar seus conhecimentos. Os que não iam mal nas provas eram punidos por Pedro e obrigados a trabalhar como marinheiros comuns.
Pedro ordenou aos nobres que aparassem as barbas e se vestissem à moda europeia, deixando à mostra os ombros das damas, o que levou tempo para as pessoas se acostumarem, pois antes era considerado obsceno. Outra novidade foram as assembleias, encontros da nobreza, para os quais eram convidados a conversar, dançar e divertir-se.
Em 1700, Pedro, o Grande, entrou em uma longa guerra com a Suécia, também conhecida como Guerra do Norte. Em 28 de setembro de 1708, uma batalha sangrenta ocorreu perto da vila de Lesnáia, da qual o Exército russo saiu vitorioso. Este foi um dos passos para a reviravolta na guerra, principalmente porque os suecos haviam cessado o ataque a Moscou.
Depois de abandonarem o ataque a Moscou, os suecos se voltaram contra a Ucrânia e cercaram Poltava na primavera de 1709. Durante a batalha, o Exército russo derrotou os suecos, e o rei Carlos XII da Suécia, ferido, fugiu com as tropas.
A vitória na Batalha de Poltava marcou um ponto de virada na Guerra do Norte; dali em diante, Pedro não fez nada além de avançar.
A Batalha do Cabo Gangut, em 1714, é chamada também de Batalha de Poltava. Foi a primeira vitória naval da frota russa na história e ainda é celebrada como dia de glória militar.
Durante a Grande Guerra do Norte, os corsários suecos (piratas autorizados pelas autoridades) operavam no Mar Báltico. Rússia, Dinamarca, Inglaterra e Holanda uniram forças para limpar o Báltico de corsários e da frota sueca que os encobria. Pedro é retratado no convés do Ingermanlandia, rodeado por almirantes europeus.
Após a vitória na Grande Guerra do Norte contra os suecos em 1721, Pedro declarou a Rússia um império e se tornou o primeiro tsar russo a receber o título de imperador.
A exposição ‘30 quadros da vida de Pedro, o Grande. 2022’ ficará em cartaz no Campo de Marte de São Petersburgo de 9 de junho a 9 de agosto de 2022.
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