16 obras de arte russas incrivelmente bizarras

Seis rostos bocejando, uma bábuchka-crocodilo e um prego no crânio? Não há nada que os artistas underground russos não possam dar vida na tela.

O VKontakte, a rede social mais popular na Rússia, está repleta de páginas interessantes com conteúdo que vai de assuntos eróticos a artigos científicos.

Uma delas, chamada “Psicodelia ao estilo soviético”, contém pinturas vanguardistas e alternativas de artistas soviéticos e pós-soviéticos. Quase todas as imagens expostas parecem muito doidas para um espectador desavisado.

Não é preciso saber russo para curtir essa arte de extremos: basta entrar no link acima. Para quem quiser entender mais do que se trata, o Russia Beyond selecionou as imagens mais emblemáticas, acompanhadas de comentários.

“O Movimento do Pensamento”, de Aleksandr Klimov (1999) 

Klimov especializou-se na chamada pintura de ficção científica, e suas obras abordam Universo, espaço e o infinito.

“Fenômeno”, de Pável Tchelitchew (1936-1938)

Pintor emigrante que era próximo e até mesmo competia com nomes como Salvador Dali e Pablo Picasso, Tchelitchew pintou “Fenômeno” como parte de seu tríptico “Inferno – Purgatório – Paraíso”, que simboliza o inferno com todos os seus terrores. 

“O Pesquisador Pancada”, Aleksêi Kozin e Oleg Maslov (1987)

Pintores de Leningrado, Kozin e Maslov fundaram a escola do “novo selvagem”. Uma de suas pinturas mais famosas retrata um homem colocando um prego em sua própria cabeça.

“Eu aceno a você, meu segundo Eu!”, Viktor Pivovarov (1999)

Pivovarov esteve entre os fundadores da arte conceitual soviética, segundo a qual as ideias precedem a estética.

“Perigoso”, Erik Bulatov (1972-1973)

Talvez o mais famoso artista russo contemporâneo, Bulatov mistura cenários realistas com mensagens textuais, criando impressões estranhas. Nesta obra, ele transformou uma pitoresca paisagem russa em algo ameaçador ao escrever “Perigoso” nela. 

“Seu Tempo Acabou”, Aleksandr Djikia (1989)

Djikia também combina imagem e texto, mas seu trabalho lembra mais um sonho surrealista e absurdo.

“Procurando pela História”, Aleksandr Kosolapov (1982)

Os artistas da época soviética que estavam fartos da ideologia comunista tentavam desconstruir e ridicularizá-la. Nesta obra, Vladimir Lênin dá manuscritos de sabedoria aos deuses egípcios.

“O Dorminhoco”, Vassíli Chuljenko (ano desconhecido)

Um dos mais sombrios pintores russos, Chuljenko retrata aldeias moribundas e zonas industriais deprimentes da ex-URSS.

“Quando a tela da TV fica preta”, Gueôrgui Kitchiguin (1991)

Quando você desliga a TV, a única coisa que resta é um espelho preto onde você se vê sozinho. A mesma ideia serviu de inspiração a Charlie Brooker para a popular série “Black Mirror”, mas o pintor siberiano pensou nisso décadas antes.

“Quarto 22”, Viktor Pivovarov (1992 - 1995)

O texto diz: “À noite, ela se transformava em uma fera, rugindo terrivelmente por trás da parede e arranhando com suas garras.”

“Sorte”, Damir Muratov (2005)

Muratov, um pintor da Sibéria, alega buscar inspiração nos lixões de Omsk, cidade a 2.700 km a leste de Moscou.

“Mãe, estou bem!”, Vladimir Safonov (1989)

“Uma pessoa bocejando”, Vadim Roklin (1969)

Com sua arte de vanguarda, Vadim Rokhlin (1937-1985) se opôs ao estilo de realismo socialista oficial do Estado. Infelizmente, o sucesso só bateu à porta após sua morte.

“A fila”, Aleksêi Sundukov (1986)

Longas filas para comprar qualquer tipo de produto de consumo, que estavam sempre em falta, eram uma das marcas da vida soviética, e Sundukov foi o primeiro a retratar isso em uma tela.

Sem título, Iúlia Schuster (1968)

Nada a dizer sobre esta obra, apenas um rosto no céu.

“Rússia”, Serguêi Chablavin (1992)

O físico cibernético Serguêi Chablavin gosta de experimentar ângulos, colocando paisagens simétricas em forma geométrica. E a ferrovia é, definitivamente, algo muito russo. Por isso, essa pintura é uma ótima maneira de terminar nossa lista.

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