Russo cria desenhos em aquarela para revelar o submundo da sociedade

Dima Rebus
Conhecido como Sr. Rebus, personagem bizarro com olhos vazios chama a atenção para os muitos problemas do mundo moderno.

Conheça o Sr. Rebus – o personagem central das criações irônicas do pintor russo Dima Rebus, de 30 anos.

Em seus olhos ocos, é possível ver todo o universo que o Sr. Rebus chama de “Aquarellka Subterrânea”.

De acordo com o artista, o Sr. Rebus é como um administrador desse controverso mundo imaginário. Ele vende “estrelas-guia” (que parecem pistolas sinalizadores) para outros personagens.

Os olhos do Sr. Rebus são ocos; por isso, muitas vezes é possível ver seu colega, Eden, retratado nas cavidades vazias.

Eden vive na mais completa escuridão, e só vemos seus olhos frios e transparentes e o bando de borboletas que o ajudam a navegar por esse mundo.

As aquarelas chamam a atenção para os muitos problemas sociais no mundo: solidão, desigualdade e consumo excessivo.

Dima Rebus nasceu na cidade de Náberejnie Tchelni, no Tartarstão (1.000 km a leste de Moscou). Aos 17 anos, mudou-se para Moscou, onde se matriculou no Instituto de Arte e Indústria.

O aquarelista colabora como ilustrador para revistas “National Geographic”, “Canal +”, “GQ” e “Esquire”, entre muitas outras.

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Suas ilustrações também são recorrentes na literatura infantil contemporânea russa.

Atualmente, o artista vive e trabalha entre a Rússia e os EUA, expondo e colaborando com galerias de arte contemporânea (baseadas na galeria Artwin).

Ele também publica alguns de seus desenhos nas redes sociais.

Dima costuma ainda aplicar suas habilidades artísticas nas ruas.

A obra abaixo, intitulada “A Vida Continua”, é composta por centenas de barris de petróleo e dedicada à Revolução de 1917. Em cada um dos barris, o artista pintou o rosto do Sr. Rebus; são mais de 300, para criar a ideia de uma multidão.

O significado deste trabalho, segundo Dima, é que “depois de um ano, o museu irá apagar o meu trabalho, para criar um lugar livre para o novo [trabalho]. A multidão desaparecerá, como desaparecem no tempo todos os acontecimentos do passado. Revoluções acontecem, mas a vida continua”.

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