BelAZ-540, o caminhão soviético que mais parecia mais uma obra vanguardista (FOTOS)

Museu de Design de Moscou
Este projeto foi reconhecido como inovador e o caminhão, em sua versão protótipo, parecia diferente de tudo o que tinha sido fabricado antes.

O caminhão BelAZ-540 foi desenhado por Valentin Kobilínski na Fábrica de Automóveis da Bielorrússia, em 1965. 

O motor de doze cilindros e 39 litros havia sido originalmente desenvolvido pela União Soviética para uso em tanques durante a Segunda Guerra Mundial.

BelAZ-540 utilizados em Boêmia (República Tcheca), 2009.

O design do caminhão incorporou diversas soluções técnicas novas para a indústria automotiva da época, o que garantiu sua operação eficaz em condições de mina a céu aberto. Dentre essas soluções, estavam a primeira suspensão pneumohidráulica aplicada na prática da indústria automotiva soviética, proporcionando suavidade na condução dos veículos carregados e/ou vazios; a transmissão hidromecânica; e o modelo original do caminhão.

BelAZ-540 húngaros, 1971.

A localização da cabine, próxima ao motor, possibilitou obter a base mínima possível e as dimensões totais mínimas e, com isso, aumentar a manobrabilidade e a estabilidade do veículo, e a carroceria tipo caçamba permitiu abaixar o centro da gravidade e reforçar ainda mais a estabilidade.

O BELAZ-540 logo se tornou um best-seller no exterior. De 1970 a 1980, o Reino Unido comprou 43 unidades desse caminhão. Esse modelo também foi fornecido para Bélgica, Itália, Chipre, Alemanha Ocidental e Suécia.

Selo dedicado ao BelAZ-540.

Além disso, na década de 1970, os caminhões basculantes de mineração da família BELAZ-540 foram adquiridos por Argélia, Afeganistão, Birmânia (atual Mianmar), Bulgária, Hungria, Alemanha Oriental, Egito, Zâmbia, Índia, Irã, Cuba, Mongólia, Paquistão, Polônia, Romênia, Síria, Turquia, Tchecoslováquia e Iugoslávia. O principal comprador, porém, foi a China.

LEIA TAMBÉM: Quando a URSS criou o ecranoplano mais rápido da história

O Russia Beyond está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br

Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond.

Leia mais

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies