Em 15 de novembro de 1988, o poderoso foguete Energia, lançado do Cosmódromo de Baikonur, impulsionou o ônibus espacial soviético Buran (“Nevasca”, em português) na órbita baixa da Terra. Em um período de uma hora, a nave deu duas voltas ao redor da Terra e aterrissou com sucesso no cosmódromo. O voo foi totalmente automático e sem cosmonautas, guiado por controle remoto e um sistema de computadores.
Essa espaçonave reutilizável foi projetada para entregar carga e astronautas em órbita, devolvê-los à Terra e realizar missões militares no espaço.
O Buran foi incluído no Livro de Recordes “Guinness” como a maior espaçonave a entrar em órbita sem tripulação e retornar com sucesso à Terra.
Supunha-se que o aparato seria uma boa alternativa aos lançamentos únicos de custo elevado. A indústria espacial da URSS construiu várias cópias do Buran, que, no entanto, jamais decolaram. Logo após a desintegração da URSS, o programa foi encerrado devido ao alto custo e a ausência de retorno.
O destino do Buran foi trágico. Em maio de 2002, o telhado do complexo de instalação e testes em Baikonur desabou sobre ele. Como era impossível restaurá-la, a nave danificada foi desmontada e depois vendida como sucata.
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