‘Pigmeu’, o submarino anão controlado remotamente

Ciência e Tecnologia
NIKITA PETROV
Na primeira metade do século 20, o Escritório Técnico Especial para Invenções Militares de Propósito Especial (Ostekhbiuro) da URSS, sob o comando de Fiódor Schukin, realizou experimentos com armas controladas remotamente. Um deles foi este submersível.

Nos anos de 1934 e 1935, foi criado o projeto Embarcação Especial Submarina Autônoma, liderado por V.I. Bekauri. A ideia era criar um minissubmarino armado com torpedos e carga explosiva a bordo. O controle poderia ser feito por rádio (a partir de um avião ou outra embarcação), mecânico (com sistema de navegação automático) ou, se necessário, manualmente por um tripulante.

De acordo com o portal ‘Top War’, entre os planos para o “Pigmeu”, foi cogitada a possibilidade de ancorá-lo na barriga do gigantesco “barco voador” Tupolev Ant-22 para uso em operações especiais quando o transporte — fluvial ou marítimo — para atingir o objetivo fosse inviável.

O protótipo do submarino foi enviado em 1936 ao Mar Negro para avaliação, porém, a descoberta de pontos fracos no projeto, bem como os expurgos de 1937 e 1938, paralisaram o seu desenvolvimento. Em junho de 1942, a embarcação foi capturada pelo Exército alemão na Crimeia, desaparecendo para sempre — embora tudo indique que os nazistas teriam afundado-na ao sul de Alupka ao se retirarem da península, na primavera de 1944.

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