Anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2023 na Academia Real de Ciências da Suécia, em Estocolmo, em 4 de outubro de 2023
Jonathan NACKSTRAND / AFPOs cientistas francês Moungi Bawendi, norte-americano Louis Brus e russo Alexei Ekimov venceram nesta quarta-feira (4) o Nobel de Química, o mais prestigiado do mundo na área, pela “descoberta e síntese de pontos quânticos”, isto é, nanopartículas tão pequenas que o seu tamanho determina as suas propriedades.
Essas partículas podem, por exemplo, propagar luz a partir de televisores e lâmpadas LED, e orientar os cirurgiões na remoção de tumores cancerígenos.
Frascos de laboratório usados para explicação durante o anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2023
Jonathan NACKSTRAND/AFPA esperança é de que, futuramente, os pontos quânticos possam também ajudar a criar componentes eletrônicos flexíveis, sensores miniaturizados, células solares mais finas e comunicações quânticas criptografadas.
Ekimov havia apontado, ainda na década de 1980, que o tamanho das partículas determina sua luminescência e cor durante os efeitos quânticos.
Explicação da descoberta de Alexei Ekimov durante o anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de 2023
Jonathan NACKSTRAND/AFPO cientista russo Alexei Ivánovitch Ekimov (também grafado como Aleksêi Ekimov) nasceu na URSS em 1945 e se formou pela faculdade de física da Universidade de Leningrado (atual São Petersburgo). Em 1974, tornou-se candidato em ciências físicas e matemáticas (equivalente a um doutorado no Brasil) e, em 1989, recebeu o título de doktor nauk (o grau acadêmico mais alto da URSS e, posteriormente, da Rússia). Ambas as suas teses de doutorado foram dedicadas às propriedades dos semicondutores.
Ekimov mora e trabalha nos Estados Unidos desde 1999, e é ex-diretor científico da Nanocrystals Technology Inc, em Nova York.
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