O drone pesado de reconhecimento e ataque “Sirius” realizará o seu primeiro voo de teste em maio e entrará em produção em série ainda este ano, declarou no final de janeiro o diretor da maior empresa de drones russos, a Kronshtadt, Serguêi Bogátikov.
O novo veículo aéreo não tripulado (VANT) pode transportar até 300 quilos de bombas e mísseis não guiados. Mas, de acordo com o fabricante, o objetivo principal do “Sirius” será coletar informações nos campos de batalha.
“O drone foi criado para patrulhamento, reconhecimento e coleta de fotos e vídeos dos movimentos das tropas inimigas”, lê-se em um comunicado da Kronshtadt.
O “Sirius” funciona como um hub que constantemente fornece inteligência às tropas e unidades de artilharia. “É uma ferramenta perfeita para o Sistema de Gerenciamento de Links Táticos, coordenando o trabalho de todas as unidades no campo de batalha”.
Segundo especialistas militares, o drone não receberá armas exclusivas e será equipado com diversos tipos atuais de armamento aéreo de pequeno porte. Sua versatilidade nesse aspecto é vista como vantagem principal em comparação com os análogos estrangeiros.
Os “Sirius” trabalharão em conjunto com os drones “Okhotnik” e “Thunder”, que operam na primeira linha de ataque junto com caças. Os outros drones poderão receber e processar as informações fornecidas pelos “Sirius”.
“Inicialmente, não planejávamos adicionar armas ao ‘Sirius’, queríamos que fosse um pequeno ‘pássaro’ que vê tudo e não é visto por ninguém. Mas, durante a produção, os engenheiros viram a possibilidade de adicionar sistemas de ataque aéreo”, diz Bogátikov.
Comparação com análogos estrangeiros
Segundo especialistas militares, as caraterísticas técnicas do novo drone russo não diferem muito das dos análogos dos Estados Unidos e de Israel.
“A principal vantagem do drone russo é que ele é mais barato e será mais fácil de comprar. O ‘Sirius’, porém, carece de tecnologias furtivas usadas em diversos drones norte-americanos e israelenses”, diz o chefe do departamento de integração eurasiática e desenvolvimento da OCX do Instituto de Países da CEI, Vladímir Evseev. “Assim, o drone russo será mais visível para as modernas unidades de defesa aérea em comparação com os análogos estrangeiros.”
Evseev acredita que os militares russos tenham encomendado um drone barato para aumentar as capacidades das forças terrestres.
“Os dados coletados pelo ‘Sirius’ permitirão aumentar significativamente a precisão dos sistemas de mísseis e das unidades de artilharia”, explica.
A Kronstadt não revela o número exato de drones “Sirius” encomendados pelos militares russos, mas afirma que pretende exportar os VANTs para outros países logo após cumprir o contrato com o Ministério da Defesa da Rússia.
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